Paris, França - Os incêndios neste verão na Sibéria (inverno no Brasil) causaram emissões recordes de CO2 - anunciou o serviço europeu de mudança climática Copernicus nesta quinta-feira (3), que se baseia em observações de satélite.
Os cientistas do Copernicus avaliaram as emissões causadas pelo incêndio no interior do Círculo Polar Ártico: no total, 244 megatoneladas de CO2 foram emitidas entre 1º de janeiro e 31 de agosto, contra 181 megatoneladas em todo ano de 2019.
Levando-se em consideração as áreas da Sibéria fora do Círculo Polar Ártico, os incêndios também bateram recordes de emissão, com 540 megatoneladas de emissões de CO2 entre junho e agosto. Pelo segundo ano consecutivo, a Sibéria testemunhou incêndios gigantescos alimentados por temperaturas recordes que ficaram, em média, mais de 5°C acima do normal.
Essa onda de calor, associada a solos menos úmidos do que o normal, criou condições ideais para a proliferação de incêndios que devastaram imensas florestas. Segundo o Copernicus, alguns deles podem ter sido causados por incêndios "hibernantes", isto é, incêndios que continuariam a arder no subsolo desde 2019.
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