A tempestade tropical Laura entrou no domingo em Cuba com chuvas intensas, depois de provocar 12 mortes no Haiti e na República Dominicana, e prossegue o risco de que se transforme em furacão no caminho para os Estados Unidos, assim como a tempestade Marco.
Laura se desloca a 33 km por hora pela costa sul da ilha, com ventos de até 100 km/h e tempestades elétricas.
"É uma tempestade tropical que ainda não tem a organização que um furacão poderia ter", afirmou o meteorologista José Rubiera.
"A tempestade ganhou força, agora está a 100 km por hora e um furacão de categoria 1 seria de 119 km por hora", completou Rubiera, que não descarta a possibilidade de um furacão.
Laura entrou em Cuba pela região leste da ilha, com rajadas de até 146 km/h e ondas de mais de três metros em Maisí, na província de Guantánamo, onde a energia elétrica foi cortada como precaução.
Os ventos provocaram danos em alguns telhados e casas, assim como a queda de árvores na província, sem relatos de danos pessoais, de acordo com a imprensa estatal.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) prevê que a tempestade Laura se tornará furacão na terça-feira e na quarta-feira também atingirá a área costeira do país.
Pelas trajetórias das tempestades Laura e Marco, 114 plataformas de petróleo do Golfo do México foram evacuadas.
No Haiti, Laura deixou nove mortos e dois desaparecidos.
Entre as vítimas está uma menina de 10 anos que morreu depois que uma árvore caiu em sua casa, de acordo com um relatório oficial divulgado à AFP.
Uma mulher foi levada para o sudeste enquanto tentava atravessar um rio, enquanto outra mulher e dois homens morreram em Porto Príncipe devido à tempestade, embora nenhum detalhe adicional tenha sido fornecido.
Na República Dominicana, com a qual o Haiti compartilha a ilha Hispaniola, Laura deixou três mortos em Santo Domingo.
A temporada de tempestades no Atlântico, que vai até novembro, pode ser especialmente severa neste ano. O Centro Nacional de Furacões dos EUA espera 25 e Laura é a décima segunda até agora.
No Haiti, muitos moradores com água até os joelhos tentavam no domingo salvar o que restou de suas casas inundadas. Os vendedores viam as águas das ruas levarem suas mercadorias.
Todos os anos, de junho a novembro, o Haiti fica sob a ameaça de ciclones, mas as fortes chuvas são suficientes para ameaçar a vida dos cidadãos mais desfavorecidos, forçados a viver em áreas de risco, perto de canais ou barrancos cheios de lixo.