A missão de ajuda humanitária brasileira, liderada pelo ex-presidente Michel Temer, embarcou, ontem, rumo ao Líbano. O avião KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB), foi carregado com 6t de materiais, entre medicamentos, equipamentos de saúde e alimentos. As doações foram feitas pelo Ministério da Saúde e pela comunidade libanesa no Brasil. Outro avião da FAB, o Embraer 190, levou os integrantes da comitiva. Além de Temer, filho de libaneses, viajaram a Beirute os senadores Nelson Trad Filho e Luiz Pastore; o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Viana Rocha; e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
As duas aeronaves fariam escalas em Fortaleza, na Ilha do Sal (Cabo Verde) e Valência (na Espanha). A previsão para aterrissagem no destino seria para tarde de hoje. A comitiva deve retornar ao Brasil no sábado. No último dia 4, uma explosão destruiu o porto da capital libanesa, matando quase 200 pessoas, ferindo 6 mil e deixando mais de 300 mil desabrigadas.
O presidente Jair Bolsonaro acompanhou, na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP), a partida da comitiva.“Esta data marca, ainda mais, a nossa aproximação com o Líbano. Os nossos países não abrem mão de democracia e liberdade. É o que nós queremos para o mundo todo e, podem ter certeza, os 12 milhões de descendentes libaneses que estão no Brasil contribuem muito com a nossa pátria, trabalhando, se integrando e colaborando nas mais diversas áreas”, afirmou Bolsonaro.
Segundo a Agência Brasil, além da missão especial humanitária, o governo brasileiro apoia o país por meio do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que elaboram mapas com imagens de satélites de Beirute.
Agradecimento
Pouco antes da decolagem, Temer agradeceu o apoio do governo brasileiro, em nome da comunidade libanesa no Brasil. “Sigo para lá com essa comissão integrada por eminentíssimas figuras na convicção de que seremos muito bem recebidos. E todos lá, desejosos de que o Brasil possa exercitar não apenas essa função humanitária, mas, tendo em vista os vínculos tradicionais entre ambos países, que também possa ajudar a solucionar os embates políticos, com autorização naturalmente das autoridades libaneses, mas que possamos dar a nossa colaboração para pacificação interna daquele país”, disse Temer.