O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu às autoridades afegãs que libertem centenas de prisioneiros talibãs, prometendo ajuda caso a nação devastada pela guerra avance nos esforços pela paz.
"Reconhecemos que a libertação destes prisioneiros é impopular", declarou Pompeo.
"Mas esta difícil ação levará a um importante resultado longamente buscado pelos afegãos e pelos amigos do Afeganistão: a redução da violência e conversas diretas que resultem em um acordo de paz e no fim da guerra".
Em uma declaração impensável após os ataques de 11 de setembro de 2001 resultarem na invasão americana do Afeganistão, Pompeo garantiu aos afegãos que os talibãs se comprometeram a reduzir a violência assim que as conversas forem iniciadas.
"Os Estados Unidos têm a intenção de fazer com que os talibãs cumpram esse compromisso", disse o secretário de Estado.
Os talibãs exigem a libertação de 400 prisioneiros, muitos deles acusados de delitos graves, como condição para o início de negociações de paz com o governo internacionalmente reconhecido de Cabul.
O presidente do Afeganistão, Asharaf Ghani, adiou a decisão de libertar os prisioneiros até a realização da 'loya jirga', uma reunião tradicional afegã entre os anciões das tribos do país.
A administração do presidente Donald Trump está focada em acabar com a guerra mais longa de seu país e apresentar um êxito na política internacional como trunfo para as eleições presidenciais de 3 de novembro.
Em 29 de fevereiro, os Estados Unidos assinaram um acordo com os talibãs para a retirada de tropas americanas do país asiático até meados de 2021.
Pompeo prometeu que os americanos irão manter o apoio ao Afeganistão.