Plataforma de vídeos TikTok acusa Facebook de 'ataques difamatórios'

Os comentários do TikTok foram divulgados horas antes de uma esperada audiência antimonopólio no Congresso dos EUA

A plataforma de vídeos TikTok respondeu, nesta quarta-feira (29/7), o que chamou de "ataques difamatórios" por parte da rede social líder Facebook e defendeu suas atividades, alegando que ajudam a promover a concorrência no mercado dos Estados Unidos.

Os comentários do TikTok foram divulgados horas antes de uma esperada audiência antimonopólio no Congresso dos EUA com os principais executivos do Facebook e de outras três grandes empresas tecnológicas, e em meio a uma ameaça de proibição devido a supostas conexões entre o aplicativo de vídeos e o governo da China.

Em uma publicação em um site, seu CEO, Kevin Mayer, disse que o TiKTok recebe com agrado a "concorrência justa" e acrescentou que, "sem o TikTok, os anunciantes americanos ficariam mais uma vez com poucas opções".

"Vamos concentrar nossas energias em uma concorrência justa e aberta ao serviço de nossos consumidores, em vez de ataques difamatórios por nossa concorrência - em particular o Facebook - disfarçados de patriotismo e projetados para encerrar nossa mera presença nos Estados Unidos", continuou.

Esses comentários parecem se referir às declarações do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, que disse, no ano passado, que o TikTok havia censurado informações sobre protestos na China, país de origem da ByteDance, proprietária da plataforma de vídeos.

Conhecido por seus vídeos casuais, artísticos e humorísticos, o TikTok teve uma explosão de popularidade durante o confinamento pela pandemia do coronavírus, especialmente entre os jovens. Estima-se que tenha 1 bilhão de usuários.

"Com o nosso sucesso chega a responsabilidade e a prestação de contas", disse Mayer, insistindo em que a empresa proprietária do aplicativo não mantém vínculos com o governo chinês.

A Índia proibiu o TikTok, e autoridades americanas afirmaram que estudam ações contra a plataforma.

"O TikTok se tornou o alvo mais recente, mas não somos o inimigo", acrescentou Mayer.