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Exército impõe sigilo a documentos de matrícula da filha de Bolsonaro

O período de pré-matrícula para o Colégio Militar de Brasília (CBM) estava aberto desde 18 de agosto e foi até 24 de setembro

O Exército Brasileiro impôs sigilo aos documentos do processo que autorizou a matrícula de Laura Bolsonaro, filha do presidente Jair Bolsonaro, no Colégio Militar de Brasília sem passar por precesso seletivo. A escola tem uma média de 1.000 candidatos para 15 vagas em 2022. 

Não é a primeira vez que assuntos referentes à Bolsonaro são colocados em sigilo. Um deles foi o cartão de vacina do presidente e outro foi o processo que analisou a participação de Pazuello no ato em apoio ao presidente.

Laura foi colocada na escola sem passar pelo processo seletivo a que são submetidos meninos e meninas interessados no ensino militar das unidades do Exército. A Folha de S. Paulo pediu, por meio da Lei de Acesso à Informação, cópias do pedido apresentado por Bolsonaro, do parecer favorável do Departamento de Educação e Cultura do Exército, e da decisão do comandante, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

O órgão, no entanto, não entregou os documentos. A negativa foi justificada pelo fato de os documentos serem classificados como reservados, com sigilo decretado até o término do mandato em exercício de Bolsonaro "ou do último mandato, em caso de reeleição". A possibilidade está prevista na lei de acesso.