O Exército Brasileiro impôs sigilo aos documentos do processo que autorizou a matrícula de Laura Bolsonaro, filha do presidente Jair Bolsonaro, no Colégio Militar de Brasília sem passar por precesso seletivo. A escola tem uma média de 1.000 candidatos para 15 vagas em 2022.
Não é a primeira vez que assuntos referentes à Bolsonaro são colocados em sigilo. Um deles foi o cartão de vacina do presidente e outro foi o processo que analisou a participação de Pazuello no ato em apoio ao presidente.
Laura foi colocada na escola sem passar pelo processo seletivo a que são submetidos meninos e meninas interessados no ensino militar das unidades do Exército. A Folha de S. Paulo pediu, por meio da Lei de Acesso à Informação, cópias do pedido apresentado por Bolsonaro, do parecer favorável do Departamento de Educação e Cultura do Exército, e da decisão do comandante, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
O órgão, no entanto, não entregou os documentos. A negativa foi justificada pelo fato de os documentos serem classificados como reservados, com sigilo decretado até o término do mandato em exercício de Bolsonaro "ou do último mandato, em caso de reeleição". A possibilidade está prevista na lei de acesso.