As provas para o Programa de Avaliação Seriada (PAS) se aproximam. A avaliação, que é aplicada aos estudantes ao longo do ensino médio, permitindo o ingresso na Universidade de Brasília (UnB), é dividida em primeira, segunda e terceira etapas. A prova é composta por questões de biologia, matemática, português, química, geografia, física, filosofia, história, língua portuguesa e literatura. Além da redação e da língua estrangeira escolhida pelo candidato: inglês, francês ou espanhol.
De acordo com a UnB, neste ano, os inscritos na terceira etapa vão concorrer a 4.328 vagas disponíveis, sendo 2.118 para o primeiro semestre letivo de 2024 e 2.120 para o segundo semestre.
O diretor do colégio Pódion, George Gonçalves, comenta as diferenças técnicas entre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o PAS, que devem ser entendidas e analisadas. "Existe uma diferença entre os dois, não total, mas em tópicos dos conteúdos, que são mais frequentes em estatística. Algo muito importante a destacar é que uma coisa que nunca apareceu no vestibular pode cair no PAS, como o conteúdo de matemática. A UnB gosta muito dessa abordagem de geometria analítica, números complexos. Já no Enem nunca caiu uma questão de números complexos. Existem conteúdos que são muito mais frequentes no PAS do que no Enem. Então, você tem ali uma valorização diferente nas duas provas", destaca.
Além disso, George destaca os principais pontos de atenção na reta final de preparação para o PAS. "A prova é para você pontuar no que é bom. Às vezes, o aluno gasta muita energia, principalmente em uma reta final, querendo aprender aquilo que ele nunca teve alta habilidade, mesmo tendo a oportunidade de ser excelente naquilo que ele já é bom", diz.
"Dependendo do curso que o aluno quer, tem que melhorar nas dificuldades e no juízo de valor. Muitas pessoas apostam que aprendendo o mais difícil vão dar conta de ter um diferencial na prova, principalmente no PAS, no qual não existe distinção de peso. Por isso digo: vale a pena pontuar nas áreas de afinidade", aconselha o diretor.
George sinaliza que é importante saber os meios mais essenciais para a preparação. "Nessa reta final, sou muito a favor da resolução de provas anteriores e de simulados bem elaborados. Eu acho que equilibrar provas antigas com simulados de bons grupos e examinadores é o caminho adequado. É preciso focar e desenvolver excelência naquilo que você já é bom, porque, às vezes, erra um conceito, dá um tipo de esquecimento, uma pegadinha ou algo que foi visto no começo do ano, e isso pode comprometer a aprovação. É preciso focar no estudo, mas saber os limites."
Augusto de Bem, 17 anos, aluno do 3° do ensino médio, está estudando para a terceira etapa da prova. Pretende cursar medicina e conta como está se preparando para a última etapa. "As aulas ajudam muito a ter uma certa curiosidade em pesquisar sobre as matérias, pois o PAS traz alguns conteúdos que são até de ensino superior, mas são abordados de uma forma mais acessível para o ensino médio. Além de refazer questões que são essenciais para se acostumar com o estilo da prova e perceber padrões nas questões", relata.
Para o Augusto, é essencial estar tranquilo e descansado para realizar a prova. "Dois dias antes do PAS, eu já não estou no ritmo de estudo acelerado e evito criar tensão em cima de mim. Acho que nessa reta final vale a pena ir revendo os conteúdos, algumas questões, mas nada que vá cansar ou estressar", conclui.
Já Eleonora de Sousa, 17 anos e também estudante do 3° ano do ensino médio, quer cursar engenharia elétrica. "Eu acredito que o PAS, em geral, facilita a entrada na UnB, especialmente porque o vestibular é uma prova muito densa. Assim, venho estudando com as aulas e revisando os conteúdos ao longo do ano, fazendo exercícios com apostilas e os editais que são disponibilizados. Dessa forma, vou fortalecendo nas matérias que tenho mais facilidade, para garantir que não vou errar", diz.
A avaliação do PAS é responsável por preencher 50% das vagas anuais da UnB. As provas dos subprogramas de 2023, 2022 e 2021 estão previstas para 3, 10 e 17 de dezembro, respectivamente.
*Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca