Candidatos que ficaram entre os cinco primeiros colocados no Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB) esbanjaram felicidade e otimismo com suas colocações. Alguns deles já estudavam em instituições de ensino superior de outros estados.
Com apenas 17 anos, a estudante Giovanna Gama Cunha foi aprovada em terceiro lugar em medicina na UnB, mas, desde abril, frequenta o mesmo curso na Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto. Decidida a permanecer n USP, Giovann abre, portanto, vaga para a repescagem, favorecendo outros candidatos.
Natural de Goiânia, Giovanna estudou toda a vida em escola particular e não frequentou cursinho preparatório para o vestibular. Mesmo com a possibilidade de ficar mais perto da família, estudando em Brasília, afirma que sua decisão é irredutível. "Estou muito feliz, radiante. É sempre muito bom saber que nosso esforço foi recompensado. Mas, embora a UnB tenha uma excelente faculdade de medicina e fique 'mais perto' da minha casa, vou ficar por aqui mesmo, na USP de Ribeirão Preto", disse.
Segundo lugar do curso de fisioterapia, Camili Aparecida de Sousa Sampaio, 18, cursou os dois últimos anos do ensino médio em escola pública. Ela foi mais uma a receber com entusiasmo a aprovação na UnB. "Foi muito corrido, porque foi no meio da pandemia" disse, relatando o período de preparação para as provas.
Camili, filha de recepcionista, considera que o isolamento social foi seu maior desafio e que foi por meio de grupos de estudo que conseguiu assimilar todas as matérias.
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Aprovado em 4º lugar em medicina, Davi Henrique Galvão, 18, é mais um que sempre estudou em escola pública. Há dois meses ele estuda também medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRSG), mas está decidido a voltar para Brasília para reiniciar o curso na UnB. "Fui o último a saber, porque estava em sala de aula. Assim que vi tantas ligações no celular não resisti e retornei para ver se era alguma emergência. Graças a Deus foi notícia boa", disse.