O cantor Gilberto Gil era um dos participantes mais esperados da Bienal do Livro Bahia 2022. Nesta segunda-feira (14/11), finalmente chegou o momento de ele falar a uma plateia atenta e que lotou a Arena Jovem do evento literário para ouvir as palavras de sabedoria do músico de 80 anos de idade.
"É impossível que esse obscurantismo progrida. As pessoas querem mais luz", comentou em dado momento Gil. E prosseguiu, afirmando que tem medo, sim, mas não o medo "que apaga". Ele se refere ao temor que "nos faz agir pela elevação". O cantor também rendeu mais uma homenagem à amiga Gal Costa, que morreu na última quarta-feira (9/11), aos 77 anos.
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Gil foi o convidado principal do painel Todas as letras. "A obra de Gilberto Gil contribuiu para a transformação do conceito estético da letra de música ao lhe dar status de poesia – cantada e popular. Ex-ministro da Cultura, membro da Academia Brasileira de Letras, Gil é um dos mais sensíveis e inventivos artistas em atividade, reconhecido e admirado no mundo inteiro", diz o resumo do evento no site da Bienal. Participaram também Carlos Renó e Claúdio Leal, como mediador, autor de Gilberto Gil: Todas as Letras.
O objetivo do espaço Arena Jovem é discutir, através dos diversos gêneros da literatura, temas presentes e atuais no universo do público mais jovem. Escritores aclamados pelo público jovem, influenciadores, personalidades e artistas foram convidados para bate-papos e painéis sobre assuntos como diversidade, criatividade, música, poesia, cinema, séries, cultura pop, fantasia, entre outros.
Pelo Instagram, a equipe do cantor compartilhou imagens da participou dele no evento e uma vídeo da chegada a Salvador ao som de Lepo lepo, hita da banda Psirico. Gil encontrou músicos do grupo no aeroporto. Nas imagens, ele aparece de costas, andando num corredor junto a um dos integrantes da banda.
Bienal do Livro Bahia
O evento ocorre em Salvador, no Centro de Convenções, e termina nesta terça-feira (15/11). Com curadoria dos jornalistas Joselia Aguiar, Schneider Carpeggiani e Mira Silva, a Bienal Bahia voltou a ocorrer este ano, após 10 anos de hiato. A quinta-feira (10) marcou a abertura do evento. A expectativa da organização é receber cerca de 100 mil pessoas durante os seis dias.
Outra programação de sucesso foi a apresentação da filósofa e escritora Djamila Ribeiro. Em postagem no Instagram, ela agradeceu pelo convite e vibrou com a participação de Itamar Vieira, Ailton Krenak e Sidarta Robeiro na plateia. "A participação na Bienal do Livro foi incrível e um sucesso. Quero agradecer às centenas de pessoas que foram, esperaram na fila por horas para entrar e também na fila de autógrafos. Ficou o gosto de "quero mais" em mim e em vocês, sinal de que a volta ano que vem será linda de novo", escreveu. Djamila participou, no sábado, do painel Avós, filhas e netas, com mediação de Denny Fingergut.
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Organização
O Café Literário, cartão de visitas da Bienal, teve a programação pensada por Joselia Aguiar, autora de Jorge Amado – Uma Biografia, vencedor do Prêmio Jabuti. A Arena Jovem contou com curadoria do jornalista Schneider Carpeggiani, doutor em teoria literária, que também foi curador de eventos como a Bienal do Livro de Pernambuco e Festival de Literatura do Recife. Mira Silva, jornalista, roteirista, produtora cultural e diretora audiovisual, dedicou-se ao espaço voltado para crianças, com uma série de atividades lúdicas.
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