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LUTA

Jovem trabalhou como pedreira para pagar a faculdade

Magalí Giménez é do Paraguai e se formou no início de novembro em direito graças ao trabalho em obras de construção civil. A sua história viralisou nas redes sociais

O caso aconteceu no em San Estanislao, no norte do Paraguai, a jovem Magalí Giménez, 24 anos, teve que trabalhar como pedreiro para pagar as mensalidades da faculdade de direito. Magalí conseguiu se graduar no início deste mês. Devido a origem humilde de sua família, não podia arcar com os gastos dos estudos na facudade, por isso teve que trabalhar em obras de construção para poder pagar as despesas acadêmicos.

Foram seis anos de estudos e trabalho até obter o diploma. A recém-graduada usou as redes sociais para contar essa história, que viralizou. No post, Magalí diz que “há seis anos isso parecia algo inalcançável. Muita gente, inclusive, chegou a me dizer que eu não ia conseguir. Apesar disso, como muitos jovens, decidi não me render e ser perseverante”, escreveu em sua conta do Instagram. O texto continuou com Magalí dizendo: “Sempre me lembro daquele dia em que tivemos que pagar a primeira parcela da minha matrícula e não sabíamos como iríamos conseguir”, revela.

Arquivo pessoal @magali.oficialpy - Magalí Giménez também usa as redes sociais para lutar pelos direitos sociais, das mulheres e adolescentes. Ela é membro de pelo menos três instituições ativistas do Paraguai.

Em fevereiro deste ano, Magalí Giménez também foi destaque na mídia paraguaia por uma foto. Ela estava estudando para o último exame da faculdade, em um local construído improvisado pelo seu pai, que também é pedreiro. Na foto, desta vez postada no Facebook, a jovem disse que era “um dia chuvoso. Seis anos de luta, demonstrando que não existe obstáculo para quem sonha e persiste. Hoje, quero mostrar o meu lugar (o único lugar da minha casa onde tinha sinal) (meu pai fez essa casinha para eu não me molhar enquanto chovia). E diante desse agradecimento, obrigada ao maior por me permitir chegar a minha meta. Obrigada, meu Deus, por tanto”, agradeceu.

Magalí Giménez também usa as redes sociais para lutar pelos direitos sociais, das mulheres e adolescentes. Ela é membro de pelo menos três instituições ativistas do Paraguai. 

Arquivo pessoal/ Instagram - "há seis anos isso parecia algo inalcançável. Muita gente, inclusive, chegou a me dizer que eu não ia conseguir. Apesar disso, como muitos jovens, decidi não me render e ser perseverante"