A vacinação dos profissionais de Educação começou na última sexta-feira (21), 1010 doses foram aplicadas nos braços daqueles que atuam em creches de todo o Distrito Federal, e a imunização continua durante toda esta semana. Entretanto, professoras da Creche Graõzinho de Ouro reclamam por não terem conseguido colocar seus nomes na lista devido à falta de informação e burocracia.
Uma lista com todos os nomes dos profissionais a serem vacinados deveria ter sido entregue até o dia 16 de maio, contudo a professora Daniela de Freitas Magalhães, 35 anos, afirma que só ficou sabendo da necessidade no dia 19, quando o prazo já tinha acabado.
No momento, a diretora da unidade do Berçário Graõzinho de Ouro, localizado em Taguatinga, Eloine Silva e Sousa informa ao Correio que está na fase de credenciamento da escola. “Nós estamos fazendo todas as exigências, justamente para que a gente consiga o iniciamento (...) E aí nós ficamos sabendo já muito em cima da hora sobre a necessidade de fazer esse cadastramento de todas as escolas”, conta.
Além de obter a informação somente no dia 19, a diretora explica que recebeu o alerta de uma gestora de outra escola.
Eloine diz ter esperança e afirma que o berçário está trabalhando corretamente desde setembro. “Atendemos nossas crianças tomando todos os cuidados, seguindo todos os protocolos, mas a gente precisava ser vacinado, né? A gente tá na ativa desde setembro, dia cinco de outubro retornou às aulas e a gente já retomou”, desabafa.
Segundo análise da diretora, os postos de vacinação estão vazios por conta da grande exigência de documentos. “É tanta burocracia que os postos estão vazios e pessoas morrendo. Então, é muito contradizente tudo isso”.
Talyta Rachel Matos, 34 anos, afirma: “Não fui vacinada e não tem nem previsão!”. Conforme relato dela, não houve comunicação por parte do sindicato, e os profesores não receberam nenhuma informação falando que a lista deveria ter sido entregue até domingo (16).
“Como a escola está em fase de credenciamento, o que parece muitas vezes é que nem existimos, infelizmente”, diz. De acordo com a professora, boa parte das vacinas estão sendo direcionadas às creches públicas e o mínimo ficando com a rede particular.
“Estamos na linha de frente, desde setembro, assim que autorizaram nosso retorno, e seremos, pelo visto, os últimos a serem vacinados; triste realidade”, lamenta Talyta.
Secretaria de Educação
“A Secretaria de Educação está organizando a convocação dos profissionais de educação para vacinação contra a COVID-19 e todos eles serão vacinados”, informa a assessoria da pasta.
Segundo a assessoria, também, aqueles que perderam o prazo vão para o final da fila de imunização dos profissionais que atuam em creche, mas isso não é determinação da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF).