Estudar as atrocidades cometidas contra a humanidade é crucial para entender aspectos sombrios da condição humana e prevenir futuras tragédias. O estudo sobre genocídios e crimes de guerra é necessário para compreender como ideologias extremas e preconceitos podem levar a crimes em grande escala. Essas pesquisas não apenas honram as vítimas, mas reforçam a importância de defender a justiça e a paz, garantindo um futuro mais justo para todos. Foi nessa área que o pesquisador Lucas de Belmont, 29 anos, decidiu aprofundar seus estudos.
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Formado em relações internacionais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Lucas concluiu um mestrado itinerante em ação humanitária internacional na Europa e, atualmente, cursa doutorado na Universidade de Leeds, na Inglaterra, voltado para política e estudos internacionais. “Estudar grandes tragédias da humanidade sempre me chamou muita atenção. Isso começou em 2014, quando fiz um curso de verão em Genebra, que é a capital internacional para esse tema. Tive a oportunidade de visitar o escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) e entender um pouco sobre o trabalho realizado. Foi meu primeiro contato com o conceito de ‘responsabilidade de proteger’ populações vulneráveis contra grandes atrocidades”, conta Lucas.
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Dessa forma, a tese escolhida para seu doutorado foi Atrocidades em Massa e Povos Indígenas: A Amazônia Brasileira sob o Governo Bolsonaro. A pesquisa analisou as falhas da comunidade internacional em agir efetivamente diante das atrocidades cometidas contra as populações indígenas no Brasil, especialmente durante as queimadas na Amazônia em 2019 e a pandemia. A investigação utilizou relatos de ONGs, petições e entrevistas com diplomatas e representantes de organizações internacionais para entender por que houve uma resposta insuficiente, apesar das evidências de crimes em massa. Segundo o doutorando, entre os motivos apontados, estão o receio de confrontar o Brasil, suas influências econômicas e políticas, e a competição por atenção internacional com acontecimentos, como a guerra na Ucrânia.
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