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Justiça considera "abusiva" greve anunciada por enfermeiros do GDF

Justiça argumenta que paralisação dos profissionais de saúde prejudicaria serviços básico de saúde no Distrito Federal. Sindicato prevê paralisar atividades por 12 horas

Francisco Artur
postado em 27/08/2024 16:06
O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal havia programado uma paralisação para começar na quarta (28/8), de 7 até às 19h -  (crédito: Silvio Avila/AFP)
O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal havia programado uma paralisação para começar na quarta (28/8), de 7 até às 19h - (crédito: Silvio Avila/AFP)
A justiça do Distrito Federal e Territórios considerou "abusiva" a paralisação anunciada para esta quarta-feira (28/8) por enfermeiros que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal. Assinada pelo juiz Leonardo Roscoe Bessa, a decisão considerou que um desfalque de mão de obra entre os enfermeiros do DF prejudicaria serviços básico de saúde.
"Defiro a tutela provisória para declarar a abusividade da greve prevista para 28/08/2024 pelo Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal e determinar que todos os servidores representados pelo sindicato cumpram de maneira regular sua jornada de trabalho", diz trecho da decisão, que também estabelece multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento. Confira a decisão neste aqui.
O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal havia programado uma paralisação para começar na quarta, de 7 até às 19h. A ideia de cruzar os braços por 12 horas, segundo a categoria, visaria sensibilizar o GDF para implementar a isonomia salarial e a reestruturação do plano de carreira dos enfermeiros do SUS.
De acordo com o sindicato, a paralisação abrangerá enfermeiros das unidades de saúde da família, das Unidades Básicas de Saúde (UBS), além das policlínicas, ambulatórios e os Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Terão número de profissionais reduzidos, entre às 7h e 19h de quarta, as Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), além do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e os Centros Obstétricos do DF.  
O Correio entrou em contato com o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal para questionar se, mesmo com a decisão judicial, a paralisação estará mantida para quarta. Também foi questionada a Secretaria de Saúde do DF. Até a publicação desta reportagem, a categoria e a pasta do governo não responderam. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.

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