AGU

Paralisação de advogados da União reúne integrantes da carreira em Brasília

Ato ocorreu em frente à sede do MGI, em Brasília, simultaneamente com outras cidades. A reivindicação é pela recomposição do subsídio da categoria

Ingrid Soares
postado em 22/08/2024 19:02
Servidores da Advocacia-Geral da União -  (crédito: Divulgação)
Servidores da Advocacia-Geral da União - (crédito: Divulgação)

A Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni) realizou nesta quinta-feira (22/8) uma paralisação nacional reunindo integrantes da carreira em um ato intitulado “Um Dia Sem AGU”. O ato ocorreu em frente à sede do Ministério da Gestão e Inovação, em Brasília, simultaneamente com outras cidades.

A reivindicação é pela recomposição do subsídio da categoria. Convocados pela Anauni, os advogados da União se manifestaram com alto-falantes e cartazes, cobrando da ministra Esther Dweck um posicionamento em relação à proposta apresentada durante reuniões com a pasta responsável pelas negociações. Desde 2015, a categoria não recebe reajuste para repor as perdas inflacionárias.

O presidente da Anauni, Clóvis Andrade, destacou que, apesar de o governo ter aberto uma mesa de negociação há quase dois meses, ainda não houve resposta às demandas apresentadas. “A defasagem acumulada é muito grande em relação a outras carreiras do sistema de Justiça.

A última reunião ocorreu em 26 de junho e, desde então, estamos sem diálogo direto com o Ministério da Gestão e Inovação. Realizamos este ato para lembrar nossa importância para o Estado. Nenhuma política pública sai do papel sem a participação da AGU”, afirmou, ressaltando que a ausência de reajuste impacta mais de 10 mil profissionais que atuam nas carreiras públicas federais.

Iolanda Guindani, presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, que também esteve na manifestação, enfatizou que os integrantes do sistema de Justiça são essenciais para a defesa da democracia e devem ser valorizados. “Somos essenciais na defesa dos programas de governo e das políticas públicas. Nossa carreira precisa ser melhor reconhecida e valorizada. Garantimos que as políticas públicas sejam realizadas, o que é fundamental para que a escolha do povo, a democracia, seja respeitada”, afirmou.

A pauta de negociação também inclui, entre outros, a definição da remuneração em lei própria, conforme previsão do art. 26, parágrafo único, da LC 73/93; regulamentação e estruturação da carreira administrativa da AGU e esgotamento das listas de aprovados nos concursos de Advogado da União, Procurador Federal e Procurador da Fazenda Nacional.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação