MOBILIZAÇÃO

Sem acordo: técnicos universitários protestam em meio à negociação com o MGI

Manifestação ocorre em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação, em Brasília, e tem como objetivo pressionar o governo por reajuste; sindicatos têm até dia 28 de maio para dar resposta

Lara Costa*
postado em 21/05/2024 17:53 / atualizado em 23/05/2024 18:48
Mobilização ocorre em paralelo a mesa de negociação com o governo. -  (crédito: Divulgação)
Mobilização ocorre em paralelo a mesa de negociação com o governo. - (crédito: Divulgação)

Nesta terça-feira (21/5) à tarde, mais de mil pessoas protestaram em frente ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), durante reunião da mesa específica do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). O objetivo da mobilização é pressionar o governo por maiores índices de reajuste salarial para a categoria. No entanto, a reunião terminou sem acordo.

Por parte dos servidores, o encontro contou com entidades como o Fórum Nacional das Entidades do Serviço Público Federal (Fonasefe) e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). Pelo governo, o secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo, representou o MGI.

O coordenador da Fasubra, Francisco de Assis dos Santos, ratifica as propostas iniciais da greve como objetivos principais da manifestação. “Estamos concentrados aqui, na porta do MGI, fazendo pressão, falando da importância do governo ‘abrir o cofre’ e fechar uma boa negociação. Então, o objetivo é negociar novo reajuste considerando a reposição da inflação e a reestruturação da categoria, bem como a recomposição orçamentária das instituições”.

Lucas Barbosa, coordenador do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que está apoiando a mobilização, criticou as contradições do governo. “A manifestação expressa indignação das categorias, o governo acredita que a educação é prioridade, mas isso não se reflete na prática, uma vez que os salários e as carreiras desses profissionais estão insuficientes”.

Reivindicações

Os técnicos-administrativos pedem recomposição imediata dos salários em 34,32%, em três parcelas de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026, e a criação do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para o segmento. O governo federal, no entanto, sugeriu reajuste de 9% na remuneração a partir de 2025, mais 3,5% de aumento em 2026.

Já os docentes, que também marcaram presença na manifestação, lutam por reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. Da mesma forma, a contraproposta do governo para a categoria foi de reajuste zero este ano, 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Agora, as entidades lutam para aumentar o reajuste de 2026, passando de 3,5% para 5%.

Docentes

A manifestação da categoria continua nesta quarta (22), com a marcha da classe trabalhadora, a partir das 8h, no estacionamento da Funarte. Já na parte da tarde, às 16h, está prevista assembleia geral permanente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília - Seção Sindical do Andes-SN (ADUnB-S.Sind), que terá como pauta a avaliação da contraproposta apresentada pelo MGI.

*Estagiária sob a supervisão de Marina Rodrigues

  • Manifestação foi para pressionar o governo com o reajustes dos técnicos-administrativos.
    Manifestação foi para pressionar o governo com o reajustes dos técnicos-administrativos. Foto: Divulgação
  • Mobilização ocorreu em frente ao Ministério de Gestão e Inovação.
    Mobilização ocorreu em frente ao Ministério de Gestão e Inovação. Foto: Divulgação
  • Mobilização ocorreu em frente ao Ministério de Gestão e Inovação (MGI).
    Mobilização ocorreu em frente ao Ministério de Gestão e Inovação (MGI). Foto: Divulgação
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação