No primeiro painel do CB Fórum Educação Profissional e o Primeiro Emprego, realizado nesta quinta-feira (23/11) no auditório do Correio, uma das convidadas é a doutora em educação pela Universidade de Brasília (UnB) Caetana Juracy. Para a especialista, um evento que fale sobre educação profissional é sempre muito bem-vindo. “Primeiro para falar mais sobre essa modalidade educacional que, embora as pessoas tenham mais conhecimento, não é muito difundida e ainda é permeada de preconceito”, avalia.
O evento acontece no auditório do jornal e terá transmissão ao vivo pelo YouTube e, em tempo real, nas redes sociais do Correio.
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“Outro ponto positivo são os convidados, pessoas que têm visões de diferentes ângulos da educação profissional, que enriquecem muito o debate e isso sempre esclarece muitas coisas”, acrescentou Caetana.
Em relação ao tema do encontro, a doutora em educação disse que, no geral, no Brasil inteiro, embora tenha um crescimento na educação profissional, ela está muito aquém da necessidade do país. “Mesmo no Distrito Federal, que tem um crescimento significativo, tanto das iniciativas federais quanto das locais e também da privada, ainda está muito abaixo”, alertou.
A painelista ressaltou que existem várias frentes que precisam ser olhadas. “Por exemplo, a gente tem poucos cursos que olham para o nosso entorno agrícola, que é o pequeno proprietário, que precisa de formação”, observou. “Cresceu, está num bom caminho, mas ainda é muito aquém em função do que a gente precisa de melhorias de serviço de oportunidades e de possibilidade de mostrar para as pessoas o que existe a partir dessas formações”, concluiu Caetana.
Proposta
O objetivo do evento é debater soluções e discutir o ensino profissionalizante aliado às oportunidades de trabalho e vai reunir especialistas na área, autoridades e políticos em dois painéis.
Os dois painéis trarão a demanda por educação profissional e o atual mercado de trabalho, tendo a mediação das jornalistas Mariana Niederauer, editora do site do Correio, e Samanta Sallum, titular da coluna Capital S/A. O tema abordado será “Por que investir em educação profissional?” e “Combatendo desigualdades e gerando oportunidades por meio da educação profissional”.
Preocupação
Em 2021, havia quase 726 mil jovens entre 15 e 29 anos vivendo no DF. Desses, mais de 150 mil não estudavam nem trabalhavam, o que representa 20,8% da juventude. Essa parcela da população tem sido classificada como "nem-nem". Os dados são do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF).
No Brasil, 5,2 milhões de jovens brasileiros na faixa etária de 14 a 24 anos estão sem emprego, segundo dados da Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados em maio de 2023.