Paralisação

Entregadores de delivery marcam paralisação nacional para segunda (18/9)

Os trabalhadores reivindicam remuneração mínima justa e a regulamentação da profissão

Raphael Pati
postado em 14/09/2023 19:24
Os trabalhadores reivindicam remuneração mínima justa e a regulamentação da profissão
 -  (crédito:  Valter Campanato/Ag..ncia Brasil..)
Os trabalhadores reivindicam remuneração mínima justa e a regulamentação da profissão - (crédito: Valter Campanato/Ag..ncia Brasil..)
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Os motoboys e entregadores de aplicativos de delivery preparam uma paralisação nacional para a próxima segunda-feira (18/9). A ação ocorre após as empresas e os entregadores não entrarem em um acordo para melhorar as condições de trabalho. Entre as exigências dos trabalhadores, há a aplicação de um valor maior por hora trabalhada dentro do aplicativo, além da regulamentação da profissão, que já é aguardada há muito tempo pela categoria.

Em Brasília, a mobilização vai se concentrar na Alameda dos Estados, localizada em frente ao Congresso Nacional, e deve começar a partir das 13h. Na última terça-feira (12/9), a categoria protestou em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e se reuniu com líderes de empresas que oferecem os serviços de delivery.

A proposta dos motoboys sugere um valor mínimo de R$ 35,76 para motociclistas e de R$ 29,63 para ciclistas profissionais por hora logada no aplicativo. No entanto, a ideia das empresas é definir valores que variam de R$ 10,20 a R$ 12 para motociclistas e de R$ 6,54 a R$ 7 para ciclistas.

Atualmente, há 1,6 milhão de entregadores em todo o Brasil, o que faz com que a categoria já se estabeleça como uma das maiores do país. Somente no Distrito Federal, há cerca de 30 mil profissionais. Em nota, a Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais (Febramoto) ressaltou que, além de ser uma categoria numerosa e em crescimento, os trabalhadores por aplicativo têm mostrado “enorme potencial de organização e mobilização”.

“O breque dos apps em 2020 paralisou as entregas de boa parte do país em plena pandemia, obrigando as empresas a negociar. Hoje eles se organizam em defesa da regulamentação da profissão, que está em negociação com o Ministério do Trabalho”, disse, em nota, a entidade.

*Estagiário sob a supervisão de Talita de Souza

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