O recuou da taxa de desemprego de 8,8% em março para 8% no segundo trimestre deste ano, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28/7) teve como destaque a geração de empregos no grupo de Administração Pública, Saúde e Educação. Os números desses setores subiram 4,2% até março, o equivalente a mais 716 mil vagas. Os dados foram confirmados pela coordenadora de pesquisas domiciliares do órgão, Adriana Beringuy ao jornal Estadão.
Essa alta de empregos da administração pública, educação e saúde, disse Beringuy, segue um padrão sazonal de retomada de vagas após dispensa de temporários no início do ano. Dentro desses grupos, os principais vetores foram as atividades de Saúde e Educação.
Ela destacou o "contingente expressivo" de contratados temporariamente no setor público, sobretudo nas áreas de educação e saúde de prefeituras, que cai no início do ano e se recompõe nos trimestres seguintes.
Depois da Saúde, Público e Educação, a atividade que mais gerou empregos proporcionalmente, mas ainda assim ficou dentro da estabilidade, foram os serviços domésticos, com avanço de 2,4% ou 136 mil vagas em junho ante março.
No mesmo período do ano passado, os serviços domésticos tiveram ligeira queda de 0,3%, o equivalente a menos 20 mil vagas.
Entre as outras atividades, Beringuy considerou que próximo à estabilidade, três oscilaram levemente para baixo, enquanto outras cinco oscilaram para cima. As atividades que perderam postos de trabalho no segundo trimestre, foram: Construção, com recuo de 0,2%, perda de 11 mil vagas para um total de 7,1 milhões; Comércio, com retração de 0,5% ou menos 85 mil vagas para um novo total de 18,8 milhões; e Transporte, com recuo de 0,7% ou 36 mil vagas para 5,3 milhões.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE.
*Com informações da agencia Estado