Recrutamento

Recursos Humanos é o segundo setor que mais vai contratar em 2023

Novo Guia Salarial elaborado pela empresa de recrutamento Robert Half projeta que, neste ano, a área deve liderar admissões, atrás da indústria da tecnologia

Eu Estudante
postado em 04/06/2023 06:00 / atualizado em 04/06/2023 06:00
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

O profissional de recursos humanos, cujo dia foi comemorado ontem, deverá ser um dos mais cobiçados pelo mercado neste ano. A previsão é do Guia Salarial 2023, elaborado pela empresa de recrutamento Robert Half, que aponta a área como a segunda que mais vai contratar até dezembro, atrás apenas da indústria da tecnologia. Na sequência, aparecem varejo e saúde.

De acordo com as projeções da mais recente edição do Guia Salarial, os cargos mais procurados na área de RH são de recrutador, employer branding e gerente. Ofertas de curso de gerenciamento de pessoas com foco em produtividade, objetivos de negócios e redução de riscos ganham cada vez mais espaço na internet, com promessa de capacitar profissionais estratégicos.

Somente no site Empregos.com.br, portal de recrutamento e seleção, são oferecidas 300 vagas para profissionais de RH, principalmente em empresas dos setores de contabilidade, serviços e saúde, localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com destaque para os cargos de analista, assistente de departamento pessoal e psicólogo organizacional. Os salários oferecidos, em média, vão de R$ 1,5 mil para níveis de estágios, até R$ 10 mil para níveis de gerência.

Engajamento e motivação

Com o isolamento social, as relações trabalhistas foram transformadas. Hoje, fala-se muito sobre saúde mental" Alex Araújo, gestor e CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional
Com o isolamento social, as relações trabalhistas foram transformadas. Hoje, fala-se muito sobre saúde mental" Alex Araújo, gestor e CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional (foto: Arquivo Pessaal)

Especialista na área de RH, Alex Araujo, gestor e CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional , líder no segmento de saúde e segurança do trabalho, observa que o crescimento exponencial da área pode ser explicado pela mudança comportamental vista dentro das organizações.

"Com o isolamento social, as relações trabalhistas foram transformadas. Hoje, fala-se muito sobre saúde mental, qualidade de vida e diversidade, com práticas que visam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, o que criou uma leva de oportunidades dentro do RH", diz ele.

No ano passado, a partir do estudo, a Cognizant, corporação que atua com tecnologia da informação, divulgou uma lista com as 21 novas profissões da área de Recursos Humanos. O levantamento destacou que a nova era do setor possui uma atenção especial a temáticas como bem-estar, trabalho com dados e parceria entre pessoas e máquinas.

Segundo Araújo, a preocupação social dada a assuntos afetos ao setor de RH contribui ativamente para as empresas tomarem a decisão sobre seus próximos passos.

A função de gestor de diversidade e inclusão, exemplifica o especialista, começa a ganhar espaço dentro das organizações, assim como o Chief Happiness Officer (diretor da felicidade), que estampou páginas de contratos ao redor do planeta.

Araujo complementa que o setor de RH apresenta um papel importante no engajamento e na motivação dos colaboradores. "É uma área com espaços voltados para feedbacks constantes, escutar reclamações e sugestões e repassar isso para os gestores da empresa é muito importante", atesta.

Não só em grandes organizações, o profissional de RH é fundamental para a sobrevivência de pequenos negócios"  Bruno Rizzato, diretor do Trampolim
Não só em grandes organizações, o profissional de RH é fundamental para a sobrevivência de pequenos negócios" Bruno Rizzato, diretor do Trampolim (foto: Arquivo Pessoal)

Para o diretor do Trampolim — aplicativo de recrutamento para pequenas empresas —, Bruno Rizzato, o profissional de RH é imprescindível não só em grandes organizações. "Ele é fundamental, também, para a sobrevivência de pequenos negócios", defende, observando que em 68% das empresas que empregam até 49 pessoas, a área de Recursos Humanos e Departamento Pessoal são compostas pela mesma equipe.

"São poucas as pequenas e médias empresas que têm um departamento de RH estruturado. Em muitos casos os próprios donos estão à frente das contratações ou há apenas um profissional atuando no recrutamento e seleção. Por isso precisamos valorizar também esses trabalhadores com poucos recursos à disposição e oferecer ferramentas, como o App Trampolim, para uma gestão mais descomplicada", conclui Rizzato.

 

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