Copa do Mundo 2022

Paixão pelo futebol

Liberação do trabalho em dias de jogos da Seleção Brasileira depende do empregador. Empresa pode colocar em prática possibilidades mais flexíveis, como promover a dispensa total ou parcial

Nathalia Sarmento*
postado em 13/11/2022 00:01

A uma semana do início da Copa do Mundo, muitas empresas já estão preparadas para o grande evento do futebol no planeta, apesar da grande maioria delas não prever liberação geral dos funcionários nos dias de jogos da Seleção Brasileira.

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), o setor funcionará normalmente durante todos os dias de jogos da Copa do Mundo. Muitos estabelecimentos informaram à federação sobre a possibilidade de instalar TVs para que as equipes assistam aos jogos durante o horário de trabalho sem acarretar prejuízo ao atendimento aos clientes.

Na perspectiva da diretora operacional da consultoria de recursos humanos Luandre, Gabriela Andrade Martini, assistir aos jogos na própria instituição será uma ótima oportunidade de melhorar o convívio e estreitar os laços sociais entre os colaboradores dentro da própria empresa. Como na maioria dos casos  não haverá dispensa nos dias de jogos, não será nada remota a possibilidade de as empresas permitirem  que seus colaboradores façam uma pausa para assistir as partidas.

"O Brasil é o país do futebol, por isso as pessoas dão bastante importância aos jogos da Copa do Mundo. Então, se a empresa não conseguir liberar o funcionário, transmitir os jogos seria uma boa saída. Com certeza, a confraternização entre os colaboradores transformaria a equipe em um time ainda mais unido. Diferenças à parte, todos somos torcedores", observa Gabriela Martini.

Para Amanda Teodoro, 22, sócia da Teixeira e Sousa, empresa especializada em correspondência bancária desde 2009, a escala de trabalho deverá ser decidida de acordo com a demanda na própria instituição. Todavia, a possibilidade de um futuro ponto facultativo para os funcionários ainda não foi definida durante a formação da escala.

Segundo ela, mesmo que, porventura, algum cliente não compareça na loja para solicitar algum serviço, a equipe de seis funcionários estará presente no escritório. "O horário de trabalho para os colaboradores será reduzido, em especial, se as partidas ocorrerem mais próximo do fim do expediente, como nas datas 24 de novembro e 2 de dezembro", afirma. "Dessa forma, o cliente poderá também se divertir e comemorar os jogos, com a certeza de que seu processo está sendo bem encaminhado. Este é o nosso papel. Devemos cuidar da situação financeira dos nossos clientes", completa.

Clima de festa

Neste momento de pré-festividade, Amanda confirma que o verde e amarelo das bandeirinhas do Brasil agregaram um visual mais despojado e alegre para a empresa. Além disso, ela também teve a ideia de solicitar a confecção de camisas da Seleção Brasileira personalizadas com o nome de cada colaborador. Para a executiva, a Copa do Mundo é um momento de confraternização democrática, e as cores da bandeira devem ser usadas com honra, não apenas para simbolizar o país, mas também para nos orgulharmos de ser brasileiros. "Com certeza, a Copa nos trará de volta a união. Independentemente de qualquer posicionamento político, somos todos brasileiros", diz.

Funcionária da instituição, há 9 anos, Isabella Teixeira, 26, acredita que o clima patriótico durante o horário de trabalho e a própria animação da equipe para assistir aos jogos deixará todos bastante esperançosos com a possibilidade de mais um título para a nossa seleção. Ela conta que, nas copas passadas, costumava assistir as partidas sempre com amigos e familiares e que, neste ano, com a possibilidade de sair mais cedo para assistir aos jogos do Brasil, toda a equipe se sente mais motivada.

"O horário estabelecido na empresa é bem flexível e, sem dúvidas, irei conseguir chegar a tempo na confraternização com o pessoal lá de casa e com os amigos. Estou animada e torcendo para que aquele fatídico 7 x 1, não se repetirá neste ano", diz Isabella.

O evento mundial ainda consegue unir futebol e amor. Para o funcionário Pedro Henrique Souza, 20, o primeiro dia de jogo ultrapassa o campeonato. Ele também pretende comemorar o aniversário da companheira, com quem se relaciona há mais de 4 anos. Mesmo morando em Ceilândia e trabalhando na Asa Sul, Pedro Henrique confirma que a escala de trabalho reduzida não afetará seu deslocamento e que conseguirá acompanhar a equipe brasileira tranquilamente.

*Estagiária sob a supervisão de Jáder Rezende

 

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