Eu, Estudante

OPORTUNIDADE

Procuradoria do RJ faz curso social para estudantes de concursos públicos

Segundo a PGE-RJ, a proposta do curso é oferecer uma" capacitação e formação jurídica para que os candidatos de baixa renda possam concorrer em igualdade de condições nos concursos públicos"

A Procuradoria Geral do Estado do Rio (PGE-RJ) deu início nesta semana ao Programa de Acesso e Inclusão (PAIS-PGE) do órgão. A inciativa é voltada para bacharéis em Direito formados pelas cotas sociais nas universidades estaduais. O curso, que consiste em aulas gratuitas para candidatos que desejam se preparar para concursos, começou na terça-feira (25/10) e tem duração de 2 anos.

Participam da iniciativa 41 alunos residentes na Baixada Fluminense e nas Zonas Oeste e Norte. Segundo a PGE-RJ, a proposta do curso é oferecer uma" capacitação e formação jurídica para que os candidatos de baixa renda possam concorrer em igualdade de condições nos concursos públicos".

O procurador-chefe da Procuradoria Municipal de Osasco (São Paulo) Neylton Soares participou das duas primeiras edições do PAIS-PGE. Ele conta que ser um servidor público não era prioridade no início da carreira, mas o PAIS-PGE foi fundamental para o direcionamento dos estudos aos concursos públicos. "O programa te propiciava o contato direto com os procuradores, juízes, ex -desembargadores e isso me incentivava a estudar", conta.

O procurador também ressalta que o curso complementa a formação adquirida na faculdade. "Alguns frequentadores das turmas que participei só passaram na prova da OAB após a participação no programa".

Material cedido ao Correio - O procurador-chefe da Procuradoria Municipal de Osasco (São Paulo) Neylton Soares participou das duas primeiras edições do PAIS-PGE

"O difícil é a primeira convocação"

Neylton relembra como foram os momentos de dedicação durante o curso. "Me recordo que almoçava em 15 minutos para estudar na hora de almoço, estudei muito ônibus. Cheguei a assistir aula de cursinhos ou a gravação das aulas do programa enquanto tomava banho ou cozinhava.", afirma Soares.

A primeira convocação foi para o concurso de procurador. "Recebi ela por e-mail, mas achei que fosse SPAM ou vírus e apaguei, fiquei incomodado com o que fiz e depois de uns dias acabei abrindo e-mail, era bendita convocação! Eu chorava, suava, confesso que fiquei em pânico na hora, mas foi muito emocionante".

Depois outras aprovações foram conquistadas. "Hoje torço todos os dias para que eu não seja o único: negro, oriundo do sistema de cotas, filho de empregada doméstica a alcançar objetivo pessoal, mas apenas um dos precursores.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

Saiba Mais