Cecília Barçante, 34 anos, é gerente de empregabilidade na PreparaTODOS, uma plataforma de educação e empregabilidade. Segundo ela, a PreparaTODOS enxerga os alunos como talentos e percebe o potencial de cada profissional. Cecília acredita que os estudos ajudam no desenvolvimento, no crescimento e na formação da visão de mundo. "A educação é capaz de mudar a carreira de uma pessoa", afirma. Por isso, para quem não sabe quais metas traçar para a carreira, buscar cursos complementares pode ser uma boa opção. Algumas habilidades que podem ajudar profissionais de todas as áreas, segundo Cecília, são: dominar um segundo idioma, como inglês ou espanhol, e saber usar os aplicativos do Pacote Office.
Outra ferramenta que ajuda quem não sabe qual caminho seguir na vida profissional é a Janela de Johari. Cecília explica que essa janela é dividida em quatro partes: "Tem coisas que eu conheço sobre mim e as outras pessoas não conhecem, coisas que eu sei e as pessoas, também, tem o nosso subconsciente (coisas que ninguém sabe e às vezes nem eu mesmo) e tem a quarta janela que é o que o outro sabe sobre mim e eu ainda não enxergo". Ela avalia que a quarta janela é um indicador de talentos, porque aprendemos ao perguntar para as outras pessoas a percepção delas sobre as nossas habilidades e ao observar o que elas costumam elogiar sobre nós. Polyanna Andrade, doutora em psicologia social, complementa que isso não significa que a pessoa tenha que guiar seu caminho a partir do olhar do outro, mas ouvir, tirar vantagem dessa percepção e olhar com mais carinho. Esse movimento ajuda a diminuir a ansiedade, porque, ao escolher a carreira com base nas próprias habilidades, a pessoa define uma profissão com a qual ela se sente confortável.
Cecília Barçante ressalta que isso não significa que não podemos seguir uma carreira que exige habilidades que ainda não dominamos, porque podemos nos desenvolver, mas precisamos entender que isso exige uma energia maior: "Você vai ter que gastar o dobro de energia do que pessoas que têm facilidade e vão seguir o mesmo caminho". Polyanna Andrade complementa: "Somos convidados a quebrar barreiras, mas, às vezes, as pessoas não conseguem entender nem no que elas são boas, imagina transpor. Claro, isso também é válido, mas é importante entender primeiro como a pessoa está hoje para depois poder ir além".
Saiba Mais
Ao escolher que caminho seguir e quais metas estabelecer, também é importante, na visão de Cecília, acompanhar as tendências do mercado e "estar de olho no que está acontecendo no mundo para saber em que vamos apostar". Ela recomenda que questionamentos sejam feitos: esse caminho que você escolheu está tendo oportunidades? Tem vagas? Ela indica os estudos do Fórum Econômico Mundial e, com base neles, afirma que duas tendências do mercado são a valorização das habilidades tecnológicas e das criativas. Por isso, aprimorar essas habilidades pode ser uma boa meta para 2022. (L.J.M)
Organização é tudo
De acordo com a especialista Cecília Barçante, é fundamental que, mais do que estabelecer metas, elas sejam organizadas de forma a serem cumpridas. Veja cinco dicas elaboradas pela especilista para quem deseja, além de colocar no papel, realizar as metas de 2022
1 - Seja objetivo: Algo importante a se considerar durante um planejamento de metas é a objetividade. Não adianta trabalharmos com questões muito complexas ou com subjetividades. Estabeleça metas claras, como "fazer um curso de inglês" ou "tirar a carteira de motorista".
2 - Tenha foco: Não desperdice as oportunidades. Vá em busca daquilo que você tanto almeja, seja na vida pessoal, seja na profissional.
3 - Seja coerente: Coloque metas que sejam alcançáveis dentro do período de um ano.
4 - Tenha motivação: Mantenha-se estimulado todos os dias. Crie o hábito de ter pequenas metas que possam ser alcançadas ao longo do dia. Esses gestos, por mais simbólicos que sejam, podem auxiliar nessa motivação diária.
5 - Lute para conquistar: Não desista das suas metas, ainda que a vida esteja complicada. Seja persistente e vá em
busca daquilo que você realmente deseja.
"Somos convidados a quebrar barreiras, mas, às vezes, as pessoas não conseguem entender nem no que elas são boas, imagina transpor"