Essas orientações foram elaboradas pela Ylka Liberato, 47 anos, ex-orientadora de carreira e atual diretora-executiva de uma multinacional de serviços e tecnologia
1. Seja uma pessoa disponível
» É fundamental ter disponibilidade e proatividade. Quando se disponibiliza uma competência e um conhecimento, mesmo que sejam habilidades iniciais, o gestor olha para o empregado de maneira mais atenta. Ao se mostrar disponível de maneira proativa nas organizações faz com que o próprio recrutador, na hora de selecionar, dê destaque para ocandidato.
» É um investimento que você faz, tanto no conhecimento, quanto na competência. Isso irá te colocar na frente de outras pessoas, irá trazer a você reconhecimento.
2. Saiba ter uma rede
» Nada adianta você ter conhecimento e competências desenvolvidas, se ninguém souber disso. » É necessário que alguém te coloque diante de oportunidades, porque elas são criadas, e a medida que você for crescendo no mercado de trabalho, mais relações criativas você deve formar.
Na minha opinião, uma pessoa no início de carreira deve estar perto de alguém que tenha muita experiência, pois é mais fácil aprender dessa forma. Sempre escute o que esse alguém tem a dizer.
3. Desenvolva suas habilidades
» A pessoa no início da carreira precisa fazer cursos e desenvolver habilidades. Se você se considera bom em algo, se aperfeiçoe nisso, procure especializações que te façam o melhor profissional naquele aspecto. Já que você tem afinidade com algo, tenha excelência nisso.
4. Esteja antenado
» É fundamental estar antenado no mercado de trabalho, principalmente no que diz respeito ao setor da empresa em que você já está empregado ou pretende trabalhar. Uma pessoa que pesquisa, traz soluções inovadoras, notícias sobre o mundo que envolve aquela empresa está sendo bem vista pelo chefe.
» Muitas vezes, o líder ou recrutador não tem tempo de fazer isso, de olhar o que está acontecendo no mundo. Obter esse tipo de informação de uma maneira fácil e que venha da proatividade de um funcionário ou potencial funcionário faz toda a diferença.
5. Saiba trabalhar em equipe
» Por fim, algo que vai fazer muita diferença é ter boa comunicação, pensamento estratégico e capacidade de atuar em equipe e de forma colaborativa. Eu costumo dizer que essas três coisas determinam o sucesso de uma pessoa do início ao fim da carreira.
» É necessário se conectar com as pessoas, porque ninguém trabalha sozinho ou isoladamente o tempo inteiro.
» Reflita como é sua capacidade de atuar de maneira colaborativa. Será que você está criando alianças no ambiente que está inserido ou tentando se inserir? Isso vai impactar na vida do profissional dali para frente.
Jovem aprendiz
» A auxiliar administrativa Maria Eduarda de Souza, 18 anos, começou como jovem aprendiz em 2020 e foi efetivada há menos de um mês na RCS Tecnologia. Talvez se ela não tivesse se mostrado proativa e disponível, seus gestores teriam procurado outro profissional, em vez de efetivá-la.
» Maria Eduarda terminou o ensino médio no começo deste ano, mas graças às suas habilidades já conseguiu uma colocação no mercado de trabalho. “Sempre quis ser jovem aprendiz para começar a trabalhar logo e ter experiência, porque, futuramente, falaram que ia ser algo a mais para conseguir emprego. Isso deu certo, pois agora tenho um”, afirma.
» Os objetivos para o futuro são fazer um curso técnico em administração, em recursos humanos ou em análises clínicas, e, mais para frente, quem sabe uma graduação. Apesar de gostar de ser auxiliar administrativa, tem outros planos para sua carreira. A jovem pretende trabalhar em laboratórios de exames.
» “Eu gosto de administração, mas não é uma coisa que tenha pensado trabalhar durante muito tempo. Estou focada em continuar nesse emprego para conseguir pagar um curso técnico e depois fazer o que tenho mais interesse”, conclui.
Retorno financeiro
» A jornada profissional de Victor Meireles, 28 anos, foi em ordem “crescente”, como ele mesmo diz. Primeiro, o promotor de vendas oferecia planos de telefonia, depois disso ele passou a vender cursos gastronômicos. Desde janeiro, trabalha com carros. “É uma área que me identifico muito, o retorno financeiro é muito maior, por exemplo, há mais rotatividade”, afirma.
» O atual emprego do promotor de vendas Victor proporciona a ele uma visão ampla, porque, nele, é possível conhecer pessoas de todos os lugares. Para trabalhar na Automaia, é necessário se relacionar com donos de lojas de carro, clientes, gerentes de banco, entre outros. Ele garante que seus antigos empregos não proporcionavam uma experiência tão rica quanto essa.
» Mas não foi simples chegar até lá. Primeiro, inscreveu-se em um processo seletivo por meio de um aplicativo. Depois, foi chamado para duas entrevistas. Por último, Victor passou pelo teste prático, onde teve que vender um carro em três dias. Talvez o ponto de maior dificuldade era ter de trazer o cliente à loja. Ainda assim, o promotor de vendas obteve sucesso na classificação, e, hoje, está empregado em uma empresa que gosta bastante.
» O vendedor explica que o treinamento foi longo, três meses. Nesse processo, Victor aprendeu os valores, princípios, modelos e resultados da empresa na chamada Universidade Automais.
Nela, o diretor da loja passa ao recém-contratado tudo que é necessário para ser
um bom profissional.
» Victor explica que a essência do trabalho que executa é de conhecer a necessidade do cliente. Além disso, é preciso ter a expertise de entender o que o comprador quer, mas que nem sempre tem condições para pagar. A partir daí, a função do vendedor se torna conciliar o que o cliente quer com aquilo que pode comprar.
» “Gosto muito de ter contato pessoal com meus clientes, preciso desse calor humano. Essa é a área que mais me identifico e a que melhor atuo, porque esse trabalho de entender a necessidade do cliente tenho desempenhado muito bem. Nem sempre aquilo que a pessoa quer, é o que vai ser melhor para ela no momento”, afirma.