Formação profissional

Capacitação a distância na área de saúde emprega mais de 1 mil pessoas em 2020

Instituições afirmam que estão prontas para auxiliar profissionais que queiram formação na área para aproveitar o aquecimento do setor e conseguir um posto

Talita de Souza*
postado em 21/02/2021 15:44 / atualizado em 21/02/2021 16:14
Sidney Edson Mella Junior, coordenador de cursos de saúde da Unicesumar, diz que formações a distância são um bom investimento para quem quer aproveitar a alta do setor
 -  (crédito:  Unicesumar/Divulgação)
Sidney Edson Mella Junior, coordenador de cursos de saúde da Unicesumar, diz que formações a distância são um bom investimento para quem quer aproveitar a alta do setor - (crédito: Unicesumar/Divulgação)

As demandas do setor de saúde também impactaram no aumento da busca de formação na área. Instituições de ensino perceberam um crescimento nas matrículas de cursos de capacitação em relação aos anos anteriores.

Para o coordenador dos cursos de saúde da faculdade Unicesumar, Sidney Edson Mella Junior, o crescimento de ingressantes se dá pelo entendimento de que a educação a distância é uma formação sólida.

“O que vemos é que existia uma demanda reprimida em que muita gente queria fazer uma formação na área, mas não conseguia pela falta de tempo para se dedicar”, afirma Sidney.

A modalidade on-line acaba ajudando. “Claro que as atividades práticas são feitas presencialmente, mas o tempo maior de curso é feito em ambiente virtual, o que dá liberdade ao aluno”, explica.

A Unicesumar registrou mais de 4,6 mil novas matrículas em cursos de biomedicina, farmácia, gerontologia e nutrição, entre outubro de 2020 e janeiro deste ano. Os números são novidade para a instituição.

“Os cursos que apresentaram aumento são aqueles que têm gerado maior número de empregos. Se a gente for pensar em biomedicina, o crescimento de matrículas se refere a pessoas que entendem que os laboratórios precisam de profissionais para realizar diversos exames, inclusive o da covid-19”, afirma.

“Já em relação à farmácia, a busca é relacionada ao tratamento de medicamentos para a pandemia, seja nas farmácias, seja nas indústrias, produzindo o remédio”, analisa Sidney.

Inserção após formação

Jefferson Vendrametto é coordenador do curso de saúde do Cebrac, instituição que encaminhou mais de 1 mil alunos ao mercado de trabalho no setor farmacêutico em 2020
Jefferson Vendrametto é coordenador do curso de saúde do Cebrac, instituição que encaminhou mais de 1 mil alunos ao mercado de trabalho no setor farmacêutico em 2020 (foto: ABF/Divulgação)

O potencial empregatício do curso de farmácia, na modalidade superior ou técnica, como atendente de balcão, é confirmado pelo Centro Brasileiros de Cursos (Cebrac). De acordo com levantamento da instituição, em 2020, mais de 1 mil alunos foram empregados no setor farmacêutico por meio do Cebrac Empregos, braço da instituição que encaminha alunos para o mercado de trabalho.

“O boom de consumo de remédios pela pandemia propiciou uma demanda de profissionais. Esse é um cenário que continuará, ainda mais que somos uma população que está envelhecendo”, comenta Jefferson Vendrametto, especialista em educação e sócio do Cebrac.

O centro de formação encaminha os alunos para vagas em empresas parceiras, a fim de facilitar a inserção deles no setor. “Se tem vontade de aprender e atuar no setor, nós vemos vagas e enviamos. Eles atuam em hospitais, laboratórios e clínicas”, elenca.

Para Jefferson, o mais importante é que os profissionais da área sejam capacitados a oferecer um atendimento humano, seja para atuar como atendente de farmácia, seja como farmacêutico.

Essa é uma característica necessária para quem deseja ser cuidador de idosos, outra profissão em alta. “É preciso amar o próximo, ouvir, ser gentil e explicar com clareza. Essa é a maior demanda e o que buscamos ensinar aos alunos”, diz Jefferson.

 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa

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