Devido à falta de oportunidades no mercado de trabalho, o empreendedorismo é visto como saída para driblar desemprego. Para Gustavo Cezário, gerente da Unidade Cultura Empreendedora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mesmo em tempos de pandemia, é possível investir no próprio negócio. “Empreender é transformar ideias e oportunidades em algo de valor para o outro. Então, isso tem muito a ver com capacidade de educação e entrega”, afirma Cezário, mestre em relações internacionais pela Universidade de Brasília (UnB). Segundo ele, o empreendedorismo é um dos propósitos no novo ensino médio e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que visa alcançar o protagonismo juvenil. “Destaca-se o jovem que escolhe o próprio caminho e itinerário”, diz.
No entanto, um bom empreendimento não nasce da noite para o dia e sem esforços. “Empreender é mais do que abrir um negócio. É uma competência que está relacionada diretamente a saber valorizar ideias, ter leitura de contexto e oportunidade, conseguir mobilizar recursos e colocar a ação em prática”, assegura Cezário. Por isso, continuar estudando tendências do nicho escolhido, as novas técnicas de trabalho e as transformações digitais é essencial. “Não paramos mais de estudar, o mundo muda muito rápido e precisamos aprender não só competências técnicas (como gerir uma empresa), mas também e, sobretudo, competências socioemocionais (como ser mais resiliente ou falar em público com convencimento).”