
Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) realizaram, nesta segunda-feira (18/3), uma manifestação contra a ação de um grupo de jovens de extrema direita que, na última semana, apagou mensagens e símbolos pintados em espaços acadêmicos do câmpus Darcy Ribeiro. O ato foi organizado por entidades estudantis e centros acadêmicos, que classificaram a intervenção como vandalismo e intimidação. A universidade foi procurada pelo Correio, mas informou que não vai se manifestar.
Com cartazes e palavras de ordem, os manifestantes denunciaram o que chamam de "ataques da extrema direita" e cobraram da administração da universidade medidas mais rígidas para evitar novos episódios. “Não se trata apenas de remover pichações, mas de um ato político que busca silenciar e impor uma visão única na universidade”, afirmou o estudante de engenharia ambiental Pedro Neves, 19 anos, presente na manifestação.
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A reitoria da UnB já havia emitido uma nota repudiando a ação do grupo de extrema direita e reforçando seu compromisso com a diversidade e a liberdade de expressão. No entanto, os manifestantes afirmam que a resposta institucional ainda é insuficiente e pedem mais segurança para evitar novas ofensivas contra os espaços estudantis.
O grupo de extrema direita, por sua vez, nega qualquer intenção de intimidação e alega que apenas realizou um ato de "limpeza", removendo mensagens que consideravam ofensivas. Eles também haviam planejado novas ações no campus, incluindo uma intervenção prevista para esta segunda-feira.