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Estudante da UnB tem projeto vencedor do Prêmio Meninas na Ciência da SBPC

Projeto de iniciação científica da arquiteta analisou as dimensões da sustentabilidade urbana no município de Cavalcante, em Goiás

Lara Costa*
postado em 11/02/2025 21:16 / atualizado em 11/02/2025 21:20
Angélica com o prêmio. -  (crédito: Arquivo pessoal. )
Angélica com o prêmio. - (crédito: Arquivo pessoal. )

Marcando o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado nesta terça-feira (11/2), Angélica Azevedo, estudante formada em arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB), foi uma das seis premiadas na 6ª edição do Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Nele, foram selecionados os trabalhos na categoria Meninas na Ciência, que reconhece e valoriza iniciativas de jovens cientistas.

A premiação contou com 765 candidaturas de todas as regiões do país, sendo 166 de alunas do ensino médio e 599 da graduação. A comissão julgadora foi responsável por selecionar as vencedoras, três do ensino médio e três da graduação, distribuídas entre três grandes áreas do conhecimento: humanidades; engenharias, exatas e ciências da terra; e biológicas e saúde.

O projeto analisa os dados do município de Cavalcante, em Goiás, sob o olhar da sustentabilidade ambiental, social, econômica e cultural. O local está situado próximo ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, região conhecida pelo turismo e que também abriga o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, o maior território remanescente de comunidades quilombolas do Brasil.

O objetivo da pesquisa é ajudar no equilíbrio do crescimento urbano, a preservação ambiental e a sustentabilidade por meio de soluções que vão desde infraestrutura verde e energia alternativa até o fortalecimento da economia local e do urbanismo participativo. O estudo segue as diretrizes da Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil elencados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em especial, o ODS 11, que incentiva cidades mais inclusivas e sustentáveis.

Em comemoração da data, a profissional falou em vídeo para o Instagram da UnB sobre o interesse pela ciência:

Angélica acredita que a conquista foi importante para mostrar como as mulheres são essenciais em todas as áreas do conhecimento e também incentivar as jovens que querem atuar na ciência. "Fiquei feliz por ter sido escolhida mesmo sendo de uma área que é conhecida pelo trabalho no mercado de alto padrão (arquitetura e urbanismo), porque mostra que, de alguma forma, estamos fazendo a diferença através do Laboratório Periférico Assessoria Sociotécnica e levando o olhar para a arquitetura e o urbanismo mais sociais e comunitários", comemora.

*Estagiária sob a supervisão de Marina Rodrigues

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