INCENTIVO

Pé-de-Meia Licenciatura pagará mais de R$ 500 mensais, diz ministro

Camilo Santana revelou que montante será mensal aos estudantes de licenciatura nas universidades

Mayara Souto
postado em 01/11/2024 19:10 / atualizado em 01/11/2024 19:13
Os critérios para a seleção dos beneficiados, segundo o ministro, serão as notas do Enem -  (crédito:  Angelo Miguel/MEC)
Os critérios para a seleção dos beneficiados, segundo o ministro, serão as notas do Enem - (crédito: Angelo Miguel/MEC)

O ministro da Educação, Camilo Santana, revelou, nesta sexta-feira (1/11), que o programa Pé-de-Meia da Licenciatura pagará mais de R$ 500 mensais aos estudantes de licenciatura nas universidades. A fala ocorreu durante coletiva de imprensa de encerramento da Reunião Global de Educação (GEM, na sigla em inglês), que ocorre em Fortaleza, no Ceará.

"A gente quer ver se consegue usar no Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) agora (o Pé-de-Meia Licenciatura). A gente já quer que o aluno saiba que ele vai receber uma bolsa, se ele escolher a licenciatura. Ele já vai entrar na universidade com uma bolsa paga pelo governo. É uma forma de estimular. Ele também vai ter uma poupança, vai ser mais ou menos parecido com o Pé-de-Meia", declarou o ministro. Perguntado sobre qual seria o valor, ele afirmou que será "mais de R$ 500". 

Os critérios para a seleção dos beneficiados, segundo o ministro, serão as notas do Enem. Até o momento, ele acredita que as questões socioeconômicas não serão consideradas. O motivo seria para garantir que "bons alunos" sejam valorizados e virem "bons professores", garantindo a qualidade nas escolas.

Santana ainda explicou que a intenção era ter anunciado o programa em 15 de outubro, Dia dos Professores, mas que foi necessário mais tempo. De acordo com ele, neste mês, o governo federal lançará a "poupança dos professores" e também um concurso unificado para os docentes.

"Há estudos que mostram que 60% ou mais do resultado da aprendizagem de um aluno, de uma criança, de um jovem, depende do professor, então é fundamental a qualidade na formação inicial e na formação continuada. Nós precisamos estimular. O Brasil precisa criar uma cultura de reconhecimento desse profissional no nosso país. Tem países que reconhecem como a principal profissão, mas, no Brasil, as pessoas não estão querendo mais ser professoras, não só por questão de remuneração, mas por falta de reconhecimento, de valorização. A ideia também aqui é criar uma cultura nesse país que as pessoas reconheçam o papel do professor", explicou o ministro.

"Mais professores"

Camilo Santana também defendeu a criação de um programa similar ao "Mais Médicos" para os professores. Neste caso, os profissionais poderiam ir para cidades em que há necessidade de professores e receber uma bonificação por isso.

"A gente quer estimular que essas pessoas possam ir e também estamos desenhando uma espécie de 'Mais Professores', numa lógica do 'Mais Médicos'. Ou seja, onde que aquele professor possa receber um plus no salário dele, para ir para aquela escola, para aquela cidade que não tem um professor. O governo federal paga ele para ir para um município que não tem", detalhou.

 

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