Operação Passe Livre

Estudante de medicina monta esquema para fraudar vestibulares

Foram identificadas situações em que o grupo chegou a fraudar provas para nove candidatos simultaneamente, utilizando-se de vários associados para resolver as questões

Aline Gouveia
postado em 21/10/2024 08:54 / atualizado em 21/10/2024 08:55
Na quarta-feira passada, policiais federais cumpriram 27 mandados de busca e apreensão nos estados do Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins  -  (crédito: Divulgação/Polícia Federal)
Na quarta-feira passada, policiais federais cumpriram 27 mandados de busca e apreensão nos estados do Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins - (crédito: Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal (PF) investiga um estudante de medicina que montou um esquema para fraudar vestibulares de faculdades privadas. O grupo criminoso resolvia prova para candidatos pelo custo de R$ 2 mil.

Segundo a PF, a fraude consistia em burlar o sistema de segurança das provas de vestibulares on-line de várias faculdades de medicina, permitindo, por exemplo, que terceiros tivessem acesso às questões das provas. Em outros casos, um dos investigados realizava as provas no lugar dos beneficiários da fraude.

Foram identificadas situações em que o grupo chegou a fraudar provas para nove candidatos simultaneamente, utilizando-se de vários associados para resolver as questões.

Na quarta-feira (16/10), policiais federais cumpriram 27 mandados de busca e apreensão nos estados do Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins — no âmbito 4ª fase da Operação Passe Livre.

A investigação é desdobramento das fases anteriores da Operação Passe Livre, deflagrada em fevereiro, que desvendou fraudes ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022 e 2023.

"Até o presente momento, restou evidenciada a associação de mais de 30 investigados para, criminosamente, realizar as provas no lugar de terceiros ou fornecer as respostas para inserção nos sistemas", informou a PF.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, além de outros que possam ser identificados ao longo da investigação.

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