O mais recente Censo do Ensino Superior trouxe informações importantes sobre a evolução do setor no Distrito Federal em 2023. Com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), o número de instituições de ensino superior (IES) que oferecem cursos presenciais na região apresentou uma queda expressiva entre 2022 e 2023, tanto na rede privada quanto na pública. No total, a variação negativa foi de 10,9%, sendo 10,2% na rede privada e 20% na pública.
- EaD é responsável pelo ingresso de mais de 3 milhões na faculdade, aponta Inep
- Censo: mais alunos cotistas concluem a graduação em comparação com não cotistas
Em relação ao registro de matrículas, Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil, destaca que o DF segue uma tendência semelhante à observada em todo o Brasil, embora com variações significativas. Enquanto o total de matrículas no país cresceu 5,6% no último período, a região registrou um aumento mais modesto, na faixa de 3%.
De acordo com Capelato, esse crescimento reduzido é atribuído, em grande parte, à queda nas matrículas de cursos presenciais. No país, essa modalidade teve uma redução de 1%, enquanto, no DF, a diminuição foi mais acentuada, ultrapassando 3%. Por outro lado, o ensino a distância (EaD) também apresentou crescimento inferior na capital federal, com um aumento de 10% nas matrículas no ensino superior privado, em comparação ao crescimento de 13% registrado em todo o Brasil.
“Vemos um crescimento do EaD com um ritmo um pouco menor do que nos últimos anos e queda no presencial, também num ritmo menor do que vinha caindo nos últimos anos. Mas, comparando com o Brasil, a queda foi um pouco maior no presencial e o crescimento no EaD um pouco menor, então isso refletiu-se no total das matrículas”, analisa o especialista.
Evasão
Além disso, ao analisar a taxa de evasão, o diretor-executivo afirma que o comportamento no DF, com taxa de 28%, é muito semelhante ao do restante do país, em torno de 26%. A avaliação sugere que as instituições de ensino superior na região enfrentam desafios semelhantes, refletindo uma dinâmica de mercado que requer adaptações e novas estratégias para atender às demandas de estudantes em um contexto de transformações na educação. Apesar das dificuldades, o setor pode se beneficiar de uma maior adaptação às novas modalidades de ensino, principalmente o EaD, que continua a crescer, mesmo que em um ritmo mais lento no DF.
Saiba Mais
- Concursos Correios divulgam data de publicação de edital de concurso; veja
- Ensino superior UnB é a quinta melhor federal do país em ranking da América Latina
- Concursos Concurso PPGO: PT vai ao STF contra limite de vagas para mulheres
- Concursos AGU vai recorrer da decisão judicial que suspendeu bloco do CNU
- Educação básica Estudantes veem as mudanças climáticas como ameaça para as gerações futuras
- Educação básica Brasília vai receber o Salão do Estudante em 18 de outubro