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Igualdade

Conselho da UnB aprova acesso igualitário às moradias para servidores

Com 43 votos a favor, nova medida prevê igualdade de moradia entre docentes e servidores técnicos

O Conselho de Administração (CAD) da Universidade de Brasília aprovou a igualdade  de acesso às moradias exclusivas para servidores da instituição. A decisão foi aprovada por 43 votos, um contrário e cinco abstenções. Essa nova medida foi proposta pela Administração Superior e pela Câmara de Assuntos Comunitários (CAC), também sendo um desdobramento para as demandas apresentadas pelo Grupo de Trabalho das Mães da Universidade de Brasília  (CMUnB). No início a prioridade de ocupação dos imóveis era dada a três professores para cada técnico administrativo.O documento foi elaborado pelo servidor técnico-administrativo da Faculdade de Educação (FED), Elias Andrade dos Santos.

“A política que vigorava há décadas na UnB era uma injustiça, porque, além de termos mais técnicos do que docentes, os salários dos técnicos estão defasados, e nós temos uma evasão muito grande dessa categoria na Universidade. A aprovação dessa medida representa um reconhecimento do papel crucial das servidoras e servidores técnico-administrativos”, disse Márcia Abrahão Moura, reitora da Universidade de Brasília. 

Durante o debate na  última quinta (18/7), Maria do Socorro Gomes, decana de Gestão de Pessoas, defendeu a aprovação da igualdade de acesso à moradia para servidores da instituição e explicou: “Até agora, enfrentamos uma situação bastante desigual nessa discussão, que está diretamente relacionada à permanência dos servidores na Universidade. Vivemos um drama com a rotatividade de servidores técnicos; aqueles que saem possuem alta qualificação e, frequentemente, migram para outros concursos públicos. Enfrentamos dificuldades para fixação desses profissionais”. 

De acordo com a auditora-chefe, contadora e especialista em gestão pública, a moradia é de grande importância para a permanência dos profissionais na UnB. ”Nós gostamos muito de trabalhar aqui. É um ambiente muito bom, só que nossos salários são mais baixos do que os dos docentes e de outros servidores públicos, e sem a moradia não teríamos condições de morar perto do trabalho”, explicou.