São Sebastião

Acolhidas em centro de convivência do DF, irmãs garantem vaga na UnB

Naiara, de 21 anos, e Tainara, de 18, encontraram no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) de São Sebastião um espaço para troca de experiências, diálogo e acolhimento

Camilla Germano
postado em 09/07/2024 11:07
As irmãs Naiara e Tainara conquistaram as tão sonhadas vagas na UnB a partir do desenvolvimento que tiveram no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) de São Sebastião -  (crédito: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília)
As irmãs Naiara e Tainara conquistaram as tão sonhadas vagas na UnB a partir do desenvolvimento que tiveram no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) de São Sebastião - (crédito: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília)

Acolhidas no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) de São Sebastião desde muito cedo, as irmãs Naiara, de 21 anos, e Tainara Lopes, de 18, definem o espaço como como essencial na conquista da vaga na Universidade de Brasília (UnB), além de um local para troca de experiências, diálogo e acolhimento.

Naiara começou a participar do grupo de jovens aos 14 anos por indicação do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da região administrativa, e ingressou na Unb em 2023, para cursar serviço social. "Se não fosse pelo Cecon, não estaria onde estou hoje. Eu pensava que não conseguiria entrar para a faculdade", relatou a jovem em entrevista para a Agência Brasília.

Para ela, a experiência no Cecon auxilou na hora de escolher serviço social. "O Cecon me ajudou muito, tanto me incentivando a estudar quanto me mostrando que eu me encaixava nessa área. Sempre estive à frente das coisas aqui, incentivando os jovens a fazerem atividades e é com isso que quero trabalhar", pontuou a estudante.

Acolhimento

Acompanhando a irmã no começo, quando tinha 10 anos, Tainara passou a frequentar um grupo com outros jovens no Cecon quando fez 15 anos. Lá, ela encontrou um local de descanso em meio à rotina de conciliar aulas regulares do ensino médio e o cursinho para o vestibular.

Pouco depois ela parou de ir aos encontros por conta dos estudos, mas voltou em 2023 quando percebeu a necessidade de ter um lugar seguro para conversar.

Tainara contou a situação para a chefe do Cecon de São Sebastião, Simone Correa, que a convidou para participar de um novo grupo, formado por ela e mais duas meninas uma vez por semana.

Com esse acolhimento no Cecon, Tainara passou a estudar com ainda mais afinco e conquistou uma vaga no curso de enfermagem na UnB para o segundo semestre de 2024. Ela também está na lista de espera de medicina na universidade.

O Distrito Federal tem ao todo 16 unidades de locais destinados a atendimentos em grupo a pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social.

Segundo o GDF, os Cecons podem proporcionar acolhimento, trocas de experiências entre os participantes, um fortalecimento dos vínculos com a família e a comunidade, além de promover dinâmicas e oferecer atividades culturais, artísticas e esportivas.

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