Alunos de medicina da faculdade UniMauá, em Taguatinga, temem pela possibilidade de suspensão do curso de medicina. A instituição está em uma impasse jurídico com o Ministério da Educação, que tentou vetar o curso, alegando que a faculdade oferta a graduação por decisão liminar e não com a autorização da pasta.
Em maio, a Justiça Federal suspendeu a Portaria SERES/MEC 185. O documento determinava a suspensão de ingresso de estudantes e/ou a abstenção do início da oferta efetiva do curso. A faculdade realizou vestibular para ingresso em medicina no ano passado e efetuou a matrícula de 180 alunos aprovados para o primeiro semestre de 2024.
Ao Correio, o advogado Rodrigo João Francisco, que ingressou no curso de medicina em fevereiro deste ano, relatou que se sente apreensivo com a briga judicial entre o MEC e a faculdade, mas que confia na Justiça. "Dentro do cenário atual, confiamos no Poder Judiciário, pois foi ele é quem autorizou o nosso curso e temos fé que o MEC atuará pautado na realidade dos fatos", disse.
Ciro Augusto Lima, representante do departamento jurídico da UniMauá, informou que o semestre encaminha para o fim e os alunos estão estudando normalmente na instituição. "Claro que os alunos não estão satisfeitos, mas estão seguros, pois, assim como a faculdade, confiam na Justiça. A instituição vem demonstrando boa-fé e transparência, entregando o melhor conteúdo, docentes de ponta e principalmente, mantendo todos informados das fases do processo", afirmou Ciro.
Em nota à comunidade acadêmica, a Unimauá destaca que não ofereceu o curso de medicina sem autorização, pois foi autorizada a abrir o vestibular por decisão judicial ainda vigente, e que a graduação cumpre todos os requisitos de qualidade impostos por lei.
"O alto nível imposto ao curso explica os resultados do UniMauá nas avaliações do MEC. O projeto pedagógico inovador dá especial importância a estágios, atividades práticas e supervisão médica adequada, o que induz padrão de qualidade comparável ao das melhores escolas médicas do país. Esse planejamento se materializa na infraestrutura, com equipamentos de simulação realística médica de alta precisão, e no corpo docente composto por mestres e doutores, com vasta experiência no ensino médico", diz a instituição.
Em nota enviada ao Correio, o Ministério da Educação afirmou que uma vez esclarecidos os fatos, a expectativa é de que o impasse judicial seja resolvido. A pasta também disse que seguirá adotando todas as medidas cabíveis, judiciais e administrativas, para tutelar o interesse dos estudantes e resguardar o interesse público.
Veja a nota do MEC na íntegra:
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