O ministro da Educação, Camilo Santana, participa, nesta quarta-feira (12/6), da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Ele foi convidado a prestar esclarecimentos sobre as ações realizadas em seu mandato até o momento. Do lado de fora, grevistas vaiavam por terem sido impedidos de entrar no plenário.
O presidente da comissão, deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), iniciou a sessão informando que foi feito acordo entre os parlamentares para que o plenário ocorresse apenas com a capacidade limite de pessoas. O movimento sindical, no entanto, reclamou não poder participar do debate acerca da educação.
Durante a audiência, Santana afirmou que liberou R$ 4 milhões do orçamento que haviam sido pedidos pelos servidores públicos para as universidades e institutos federais. "Quero reconhecer o papel desses servidores importantes para a educação pública de universidades e institutos federais. Com a proposta (do governo) para os docentes, de 9% de reajuste, mais a mudança de carreira, o aumento pode chegar a 43% em quatro anos", declara.
Sobre a greve, o ministro aponta: "Espero que com muita responsabilidade e diálogo possamos superar (a greve) diante das propostas que o presidente Lula fez tanto aos técnicos administrativos, quanto aos docentes".
Ao Correio, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) afirmou que assim que foram barrados, os grevistas realizaram um "apitaço" e vaiaram a decisão do legislativo de fazer a sessão com portas fechadas. Não há expectativa, segundo eles, de conseguir diálogo com o ministro ainda nesta quarta. O movimento, no entanto, segue na Câmara em busca de apoio de parlamentares ao movimento grevista.
Os docentes e técnicos não aceitaram as ofertas do governo até o momento, pois reivindicam melhoras para a carreira, além de benefícios similares aos servidores do judiciário. Uma reunião entre o MEC e os servidores federais está marcada para sexta-feira (14/6).