Educação

Lula diz não temer reunião com reitores: "Este dedo não foram eles que morderam"

Horas antes, em entrevista à Rádio Mirante, Lula relatou que os servidores tiveram reajuste em 2023 e "nem agradeceram"

Ingrid Soares
postado em 21/06/2024 20:04 / atualizado em 21/06/2024 20:04
"Quero ter uma relação a mais democrática possível", disse Lula sobre os reitores - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a comentar nesta sexta-feira (21/6) a greve das universidades federais. O chefe do Executivo afirmou não temer reuniões com reitores. Durante evento em São Luís sobre anúncio de investimentos no Maranhão, o petista mostrou a mão onde tem um dedo decepado. "Este dedo não foram eles que morderam. Eu perdi numa fábrica. Portanto, quero ter uma relação a mais democrática possível", disse.

Horas antes, em entrevista à Rádio Mirante, Lula relatou que os servidores tiveram reajuste em 2023 e "nem agradeceram". "As universidades sabem que demos 9% no primeiro ano, sem eles pedirem, depois de seis anos sem nenhum centavo de aumento. Aí o pessoal queria 4,5%. Já ganharam em 2023. Eu falei: 'Vocês nem me agradeceram os 9% e já estão cobrando 4,5%?' Vamos tratar isso da forma mais harmônica possível. Acho que é preciso sempre melhorar o salário das pessoas e estou muito feliz, vivendo um momento muito importante nesse país, porque vamos fazer tudo o que é necessário", emendou.

Depois da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujos professores voltaram às atividades em 10 de junho, ontem foi a vez de a Universidade de Brasília (UnB) anunciar que retoma as aulas no próximo dia 26. Várias assembleias foram realizadas ao longo do dia e a expectativa é de que outras unidades de ensino abandonem, a partir da próxima semana, a paralisação nacional que vinha desde 15 de abril.

A greve paralisou mais de 60 universidades federais pelo Brasil, que se uniram para pressionar as negociações com o governo federal. Porém, nem todas as reivindicações foram atendidas.

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