Educação

Lula anuncia R$ 5,5 bi do Novo PAC para universidades em meio a greve e protestos

Anúncio ocorreu em evento com a presença de reitores. Professores e servidores, por sua vez, protestam em frente ao Planalto. O governo anunciou ainda R$ 400 milhões a mais para o custeio das instituições

Victor Correia
postado em 10/06/2024 11:07 / atualizado em 10/06/2024 11:10
Lula se reúne com reitores de universidades  -  (crédito: Victor Correia/CB/D.A. Press)
Lula se reúne com reitores de universidades - (crédito: Victor Correia/CB/D.A. Press)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (10/6) um investimento de R$ 5,5 bilhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para unidades federais.

Os recursos serão utilizados para realizar melhorias nas universidades e hospitais universitários já existentes, e para a criação de 10 novos câmpus. O anúncio foi feito durante reunião no Palácio do Planalto com reitores das universidades federais.

“Hoje estamos anunciando oficialmente os investimentos do PAC para as universidades federais. Foi a maior demanda dos reitores para consolidar os campi já existentes, como prédios que não tinham restaurantes universitários”, declarou o ministro da Educação, Camilo Santana, que fez o anúncio.

Dos R$ 5,5 bilhões, R$ 3,7 bilhões serão usados para obras em câmpus já existentes, como a criação de salas e laboratórios, R$ 600 milhões serão para novos câmpus, e R$ 1,75 bilhão para reformas em hospitais universitários.

De acordo com o ministro, serão 223 novas obras, 20 que já estão em andamento e 95 que serão retomadas. Já o número de hospitais universitários contemplados será de 31, com 37 obras.

Recomposição aquém do pedido

Camilo também anunciou uma recomposição de R$ 400 milhões para o custeio das instituições federais, sendo R$ 279,2 milhões para universidades e R$ 120,7 milhões para Institutos Federais (IFs). O anúncio fica aquém do pedido feito pelos reitores, representados pela Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino (Andifes), de R$ 2,5 bilhões a mais para o custeio.

O anúncio ocorre em meio à greve da educação federal, que abarca professores e servidores técnico-administrativos. As categorias exigem uma recomposição salarial já em 2024, o que não foi aceito pelo governo. A expectativa é que a recomposição do custeio e o anúncio das obras possa contribuir para o fim da paralisação.

Enquanto Lula e seus ministros anunciavam as medidas, professores e servidores das instituições federais protestavam em frente ao Palácio do Planalto. Em seu discurso, o ministro da Educação citou a proposta do governo para as categorias.

“A proposta que o governo está fazendo é de mais R$ 10 bilhões até 2026 no orçamento das universidades. É um esforço que o governo Lula tem feito para reconhecer e valorizar nossas instituições federais”, declarou Camilo Santana.

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