O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou aos sindicatos que as negociações com os profissionais de educação em greve estão encerradas. Por intermédio de um e-mail, o órgão esclareceu que a reunião programada para a próxima segunda-feira (27/5) não tem o propósito de negociar, mas, sim, de assinar o termo de acordo realizado na mesa de negociação realizada em 15 de maio.
Em resposta, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) afirmou que a mensagem possui caráter autoritário e ameaça o movimento da categoria. Segundo o presidente da entidade, professor Gustavo Seferian, “o governo federal expressa, com essa mensagem, uma imensa intransigência com o processo negocial, para além de um desrespeito com a dinâmica grevista”.
De acordo com o Andes, a proposta oferecida pelo governo não é suficiente para compensar as perdas salariais dos últimos anos e, por isso, não será aceita. Por outro lado, a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação) se mostrou favorável. Professores da Universidade de Brasília (UnB) rejeitram a contraproposta do governo nesta quarta-feira (22/5), em assembleia da Associação dos Docentes da UnB (AdUnB).
Impasse
Durante a mesa de negociação de 15 de maio, o governo apresentou uma oferta de reajuste em duas parcelas, em janeiro de 2025 e em maio de 2026, que variam de 13,3% a 31,2% até 2026. A principal divergência é que os servidores pedem para que o aumento comece a partir deste ano, com a readequação de 7,06% em 2024, de 9% em janeiro de 2025, e de 5,16% para 2026.
*Estagiária sob a supervisão de Ana Sá