PARALISAÇÃO

Greve de professores: confira contraproposta apresentada ao ministério

Sindicatos e governo federal se reuniram nesta segunda (27/5) para decidir reajustes salariais e de carreira. Professores de universidades federais estão em greve desde abril

Francisco Artur
postado em 27/05/2024 18:53 / atualizado em 03/06/2024 17:03
Professores manifestam em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos (MGI), pela continuidade das negociações -  (crédito: Kallyo Magalhães/C.B)
Professores manifestam em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos (MGI), pela continuidade das negociações - (crédito: Kallyo Magalhães/C.B)

Sindicatos que representam professores de universidades e institutos federais apresentaram para o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), em reunião realizada nesta segunda-feira (27/5), uma contraproposta de reajustes salariais. 

De acordo com documento enviado à imprensa pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a contraproposta prevê reajuste linear aos servidores federais das carreiras do Magistério Superior e do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Esse reajuste seria de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026.

O documento também inclui aposentados e pensionistas. A minuta da contraproposta também condiciona o governo a se comprometer a instalar mesa de negociação permanente para discussão da carreira no magistério federal, com perspectivas de reforma e revogação legislativas quanto aos marcos normativos que hoje tratam das carreiras do Magistério Superior e EBTT.

A terceira demanda dos sindicatos diz respeito a orçamentos para Instituições Federais de Educação (IFEs). O documento defende "recomposição orçamentária" de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões neste ano. "Bem como se compromete, na elaboração da LOA para 2025, quanto àrecomposição dos valores de 2016, com a correção inflacionária, com prioridade parainvestimentos e custeio", acrescenta a contraproposta.

A minuta apresenta outros pontos para uma retomada de negociação. Há questões como o reposicionamento dos aposentados em posições relativas ao teto da carreira, além da revogação de decretos e portarias que englobam o trabalho dos docentes de universidades e institutos federais.

Reunião

Em greve desde abril, docentes da educação federal e o governo vivem sob impasse principalmente na negociação salarial deste ano. Enquanto docentes pedem aumento salarial a partir deste ano, o governo aponta reajustes apenas em 2025 e 2026. Diante disso, o MGI convocou os sindicatos para que oficializassem, nesta segunda, a proposta oferecida durante uma reunião entre as partes no dia 15 de maio. 

A proposta foi negada pelos professores, que propusseram a contraproposta explicada acima. Até então, representantes do MGI oferecem um reajuste em duas parcelas, em janeiro de 2025 e em maio de 2026, que variam de 13,3% a 31,2% até 2026. 

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