PARALISAÇÃO

Professores da UFMG vão decidir nesta semana se continuam com a greve

Paralisação dos docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) já dura mais de um mês. Proposta do governo foi rejeitada na última reunião

Melissa Souza* - Estado de Minas
postado em 27/05/2024 15:28 / atualizado em 27/05/2024 16:19
Na última assembleia geral de professores da UFMG, realizada em 17 de maio, a categoria rejeitou a proposta de reajuste do governo Federal e decidiu pela continuidade da greve -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Na última assembleia geral de professores da UFMG, realizada em 17 de maio, a categoria rejeitou a proposta de reajuste do governo Federal e decidiu pela continuidade da greve - (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A greve dos professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) terá uma nova etapa nesta semana. Na quarta-feira (29/5), em assembleia geral, os docentes vão decidir se prorrogam ou encerram a paralisação na instituição, diz o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH). A greve já dura mais de um mês.

 

Na última assembleia geral de professores da UFMG, realizada em 17 de maio, a categoria rejeitou a proposta de reajuste do governo Federal e decidiu pela continuidade da greve. Em nota enviada ao Estado de Minas, o APUBH informou que é prematuro fazer qualquer afirmação acerca dos próximos passos do movimento grevista nacional e da universidade.

“Os sindicatos têm total autonomia para que sua base avalie a proposta apresentada pelo governo federal. A avaliação da proposta é sempre técnica e política. A resposta de cada sindicato do setor da educação é enviada para as entidades representativas compilarem o resultado das assembleias e o levar para o governo”, disse a entidade, na nota.

Decisão nacional

Diante da proposta feita pelo governo federal, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) em Serviços realiza mais uma reunião nesta segunda-feira (27/5), às 14h, para discutir a paralisação com as entidades nacionais. Segundo o MGI, a proposta final oferecida não prevê aumento para 2024, mas sim um reajuste gradual a partir de janeiro de 2025, que começará com 9% para os técnicos-administrativos (TAE) e professores.

As entidades participantes são a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Na reunião da mesa de negociação permanente realizada no dia 15 de maio, o governo federal apresentou uma contraproposta às entidades representativas e indicou a data desta segunda-feira (27/5) para a assinatura do termo de acordo por uma das entidades nacionais presentes à mesa.

A proposta do governo foi recebida de forma distinta pelo Andes e pelo Proifes, que divergem sobre o fim da paralisação. O Andes e outras entidades representativas das categorias paralisadas reivindicam a continuidade das negociações. Por outro lado, o Proifes sinalizou que pretende assinar o acordo e colocar um ponto final à paralisação.

A proposta

A última versão apresentada aos docentes manteve a proposta de não ter reajuste salarial em 2024 e ofereceu 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, responsável por conduzir as negociações, propôs à categoria reajustes que chegam a 43% em quatro anos, considerando o aumento de 9% já concedido no ano passado para todos os servidores federais.

A oferta apresentada pelo governo durante a mesa específica de negociação é de reajuste em duas parcelas, janeiro de 2025 e maio de 2026, que variam de 13,3% a 31,2% até 2026. Com o reajuste proposto, os professores no nível inicial da carreira passarão a receber R$ 13.753 e no final da carreira (professor titular) o salário será de R$ 26.326.

Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa

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