O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira (7/5) confiar que o governo federal chegará a um acordo com os professores e servidores da educação federal que estão em greve há um mês.
O presidente defendeu o direito dos trabalhadores de se manifestar, mas afirmou que não há recursos suficientes para atender à reivindicação dos servidores. Lula disse ainda que a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, prepara hoje uma nova proposta para a categoria.
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“Nós vamos fazer um acordo. A mim, não encanta ver parte da educação de greve. Eu tenho que inaugurar muitas escolas técnicas, visitar universidades, e eu quero que os professores e os funcionários estejam tranquilos”, afirmou Lula durante o programa Bom dia, Presidente, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O presidente afirmou que Esther Dweck e o ministro da Educação, Camilo Santana, estão trabalhando para concluir a negociação o mais rápido possível. Os professores e servidores da educação cobram reajuste salarial que compense as perdas inflacionárias dos últimos anos. Até o momento, as propostas apresentadas pelo governo foram rejeitadas.
“Eu talvez seja o único presidente do mundo que não posso me queixar de greve, porque eu nasci da greve. Eu sou filho, pai, irmão, tio das greves. Então eu sempre acho que os trabalhadores têm o direito de se manifestar”, frisou o presidente. “Está todo mundo querendo negociar, mas negociação é assim. Eu pedia 10, e me ofereciam dois. Mas entre o 10 e o dois tem o três, quatro, cinco, seis… É sempre possível encontrar um número que você possa, se não satisfazer 100% as pessoas, atender”, completou.