Docentes, discentes e técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) se reuniram, nesta quarta-feira (24/4), na Faculdade de Ceilândia (FCE), no DF, para analisar o andamento das discussões que estão ocorrendo no Comando Local de Greve (CLG). As agendas de mobilização e o impacto dos primeiros dias de paralisação também estiveram na pauta. O encontro contou com a presença de cerca de 80 pessoas, dentre elas, representantes do CLG e os deputados federais Prof. Reginaldo Veras (PV/DF) e Erika Kokay (PT/DF).
Na mesma data, a categoria realizou assembleia geral extraordinária para deliberar sobre a proposta apresentada pelo governo nos dias 10 e 19 de abril, em rodada de negociação. Esse segundo encontro foi realizado na sede da Associação dos Docentes da UnB - Seção Sindical do Andes (ADUnB-S.Sind), com a participação de aproximadamente 390 docentes e convidados. A votação se deu em duas etapas.
Decisões
Na primeira, foi aprovada a atualização dos benefícios, da seguinte forma: auxílio-alimentação de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; assistência pré-escolar (auxílio-creche) de R$ 321,00 para R$ 484,90; e auxílio-saúde per capita com reajuste de até 51%, considerando a faixa de idade e renda do servidor. A proposta foi aprovada por maioria e passa a valer a partir de 1º de maio deste ano.
A segunda votação foi referente à recomposição salarial. A proposta inicial do corpo docente foi de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. Já a contraproposta do governo foi de reajuste zero este ano, 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Esta foi rejeitada pela plenária.
Paralisação continua
De acordo com os dirigentes da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), a greve é o que tem movimentado as negociações com o governo e, portanto, os próximos passos são ampliar as atividades de mobilização para outras unidades e aprofundar o debate entre docentes de todo o país.