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Greve da educação: técnicos se reúnem na próxima semana para votar proposta

Governo prevê aumento de 9% para 2025 e 3,5% para 2026. Não haverá reajuste para este ano

Por Júlia Giusti* — Servidores técnico-administrativos devem se reunir a partir da próxima segunda-feira (22/4) para se posicionar a respeito da proposta de reajuste salarial anunciada pelo governo para a categoria nesta sexta-feira (19/4). A proposta de aumento foi de 9% para 2025 e 3,5% para 2026. Para este ano, não há previsão de reajuste.

O encontro ocorreu durante Mesa Setorial da Educação com os secretários dos ministérios da Educação (MEC), Gregório Grisa, e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Celso Cardoso, além de representantes da Federação do Sindicato de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Antes do anúncio desta sexta, o governo tinha proposto aumento de 4,5% em 2025 e 2026, que não foi aceito pela categoria dos servidores. Também houve proposta de reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1.000, assistência à saúde de R$ 144 para R$ 215 e auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90.

De acordo com a coordenadora da Fasubra, Cristina del Papa, os servidores da Federação estão analisando a proposta no momento e se reunirão em assembleia na segunda-feira (22/4). Ela destaca que “existe um consenso para rejeitá-la, mas a orientação somente sairá segunda”.

O Sinasefe realizou plenária nesta quinta-feira (18/4), antes da nova proposta do governo. Agora, as sessões sindicais dos servidores vão realizar assembleias e, posteriormente, fazer nova plenária. Os docentes também estão se reunindo para debater o assunto. No momento, não há previsão para realização da plenária. A assembleia do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) ocorrerá na próxima terça-feira (23/4).

Pelo menos 51 universidades e 79 institutos federais estão em greve no Brasil demandando reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, por período indeterminado. Servidores e docentes esperam avanço nas negociações com o governo para garantir retorno às atividades normais.

*Estagiária sob a supervisão de Priscila Crispi