Docentes, servidores técnicos e estudantes da Universidade de Brasília (UnB) se reúnem nesta terça-feira (16/4) em assembleia unificada para tratar da mobilização em torno da pauta de reivindicações. Desde a última quinta-feira (11/3), servidores técnico-administrativos estão em greve. Nesta segunda-feira (15/4), foi a vez dos docentes. A assembleia ocorrerá no Teatro de Arena, no Câmpus Darcy Ribeiro, às 10h. Na quarta-feira (17/4), haverá, também, marcha unificada na Esplanada, às 9h.
Entre as reivindicações, estão o reajuste salarial e a reestruturação das carreiras. O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) defende maiores investimentos para educação e valorização salarial de funcionários. Nesta segunda (15/4), pelo menos 18 universidades federais entraram em greve.
A proposta dos servidores é pela recomposição salarial em três parcelas: a primeira de 9% e a segunda e terceira de 7,5%, a serem implementadas este ano, em 2025 e 2026, respectivamente. O governo, porém, tinha anunciado que não haveria reajuste em 2024 e aumento de 4,5% em 2025 e 2026. Novo anúncio feito pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), na última quarta-feira (10/4)l, garante a formulação de outra proposta salarial e medidas para reestruturação das carreiras dos servidores.
Para os docentes, as reivindicações também incluem a equiparação dos benefícios e auxílios com os servidores do Legislativo e do Judiciário. O governo anunciou que haverá aumento no auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1.000, assistência à saúde de R$144 para R$ 215 e auxílio creche de R$ 321 para R$ 484,90.
A greve na UnB ocorre por período indeterminado. Servidores e docentes esperam avanço nas negociações com o governo para garantir retorno às atividades normais na universidade.