Em assembleia geral extraordinária realizada nesta segunda-feira (8/4), os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram entrar em greve a partir de 15 de abril, por tempo indeterminado. A greve dos professores foi aprovada por 257 votos a favor e 213 contra. Os educadores reivindicam a recomposição salarial com reajuste de 22,71%. Participaram da reunião 600 pessoas entre docentes, alunos e convidados. A instituição tem 50.924 alunos matriculados, sendo 39.428 nos cursos de graduação e 11.496 de pós-graduação.
Os professores da UnB pedem também a equiparação dos benefícios e auxílios com os servidores do Legislativo e do Judiciário — ainda em 2024. Desde 11 de março, servidores técnicos e administrativos da universidade entraram em greve.
A assembleia feita na sede da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) e atende a uma orientação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que aprovou a construção de uma greve unificada nas instituições federais de ensino e no setor da educação ainda no primeiro semestre de 2024.
Os professores pedem recomposição salarial com reajuste de 22,71%, divididos em três parcelas: 2024: 7,06%; 2025: 7,06% e 2026: 7,06%.
O governo federal propôs que não haja reajuste em 2024; 2025: 4,5% e 2026: 4,5%, além de propor reajuste dos auxílios alimentação, saúde e creche que não contempla aposentados e pensionistas.
Em nota, a Reitoria da UnB esclareceu que a greve é um direito garantido aos trabalhadores. "A Universidade de Brasília (UnB) tem acompanhado as reinvindicações dos docentes junto ao governo federal. A UnB respeita e valoriza seus professores, que, juntamente com os servidores técnicos-administrativos, desempenham papel estratégico para que a instituição continue desenvolvendo ensino, pesquisa e extensão de excelência e com com promisso social", destacou.