Em assembleia unificada entre docentes, servidores e estudantes, nesta terça-feira (16), os três setores da comunidade acadêmica da Universidade de Brasília (UnB) reforçaram as propostas de greve dos servidores técnicos, além de definir a continuidade da paralisação por tempo indeterminado.
A mobilização foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), a Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB).
A assembleia também aprovou um manifesto a favor da educação e da universidade pública. O texto traz como pontos principais o reajuste no orçamento nas universidades e a recomposição no quadro de servidores administrativos e dos docentes, esta última, uma das reinvindicações da greve dos servidores técnicos, iniciada em 11/3. Os professores aderiram à paralisação nesta segunda-feira (15/4).
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“Nossa pauta de luta é pela defesa da educação pública de qualidade, razão pela qual reafirmamos o compromisso de ampliar nossa atuação conjunta em defesa das pautas unitárias das categorias da educação, tanto na UnB como na luta nacional”, diz trecho do manifesto.
“O intuito é realmente movimentarmos a universidade, porque estamos de greve, mas não significa que estamos de férias, então esse é o momento dos movimentos sociais, professores e estudantes se colocarem em ordem: qual universidade e a educação que a gente quer?”, defendeu Laís Cantuário, uma das representantes do DCE.
O SINTFUB defende, em nota, a importância da expansão da greve para além dos servidores técnicos administrativos, o que fortaleceu a mobilização: “Cabe destacar que a greve dos servidores veio com força e surpreendeu a todos, provocando ação política e manifestação, e portanto, propiciou que a educação viesse para a pauta do Governo Federal”.
A união de diversos setores também é defendida por Eliene Novaes, presidente da ADUnB, que alegou a participação de grande quantidade de estudantes “é o início de uma mobilização crescente da universidade, juntando técnicos, docentes e estudantes, e isso é fundamental para demonstrar que há uma unidade de luta”.
Nessa quarta-feira (17), ocorre uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, e na sexta-feira, duas reuniões da Mesa Específica Temporária entre o Ministério de Gestão e Inovação (MGI) e sindicatos, que trata da reestruturação das carreiras.
*Estagiária sob a supervisão de Priscila Crispi