Greve

Professores de universidades federais entram em greve a partir de segunda

Universidade de Brasília (UnB) é uma das instituições que aderiu a greve

Thays Martins
postado em 14/04/2024 20:54
Universidade de Brasília (UnB) é uma das instituições que aderiu a greve a partir de segunda -  (crédito: Isa Lima/UnB Agência)
Universidade de Brasília (UnB) é uma das instituições que aderiu a greve a partir de segunda - (crédito: Isa Lima/UnB Agência)

Os professores das universidades e institutos federais vão entrar em greve a partir desta segunda-feira (15/4). Eles pedem o reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06%. 

Dezessete instituições federais anunciaram que irão aderir a greve a partir de segunda, entre elas está a Universidade de Brasília (UnB). Outras três instituições já estão em greve. Já outras 20 insituições estão ou com indicativo de greve ou em estado de greve.

Ao todo, o país tem 69 universidades federais e 38 institutos federais. O governo diz que não tem como fazer reajustes salariais este ano e apresentou a proposta de aumento no auxílio alimentação, de R$ 658, para R$ 1000, além de um reajuste de 51% no valor per capita da Saúde Suplementar e um reajuste no valor da assistência pré-escolar de R$ 321 para R$ 484,90. Mas o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), pede além do reajuste, que os benefícios sejam equiparados aos auxílios dos servidores do Legislativo e do Judiciário e também a revogação de atos normativos criados durante governos anteriores. 

O Ministério da Educação (MEC) informou, em nota, que tem dedicado todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação. "No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI, e da mesa setorial que trata de condições de trabalho", disse. 

Já o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) ressaltou a oferta de reajustar os auxílios a partir de maio e disse que se compromete a abrir, até o mês de julho, todas as mesas específicas de carreiras solicitadas para dar tratamento às demandas e produzir acordos que sejam positivos aos servidores. "Como parte do processo de debates sobre reajustes para a educação, foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras. Dez mesas já chegaram a acordos e oito estão em andamento, sendo que com as entidades representativas das carreiras educacional, os Ministérios da Gestão e o da Educação criou um Grupo de Trabalho (GT) para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação", diz a nota. 

Instituições que anunciaram greve a partir de segunda

  • Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab)
  • Universidade Federal de Brasília (UnB)
  • Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
  • Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
  • Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
  • Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Universidade Federal do Cariri (UFCA)
  • Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Universidade Federal do Paraná (UFPR)
  • Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
  • Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
  • Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
  • Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG)
  • Instituto Federal do Piauí (IFPI)

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação