Uma greve de servidores técnico-administrativo da Universidade de Brasília (UnB) foi deflagrada nesta segunda-feira (11/3) por tempo indeterminado. Os técnicos da UnB são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação da Universidade de Brasília (Sintfub).
O que o sindicato pede?
O Sintfub, assim como categorias de servidores de outros setores do serviço público, demanda o reajuste salarial para este ano. Além disso, pede a reestruturação da carreira. De acordo com o sindicato, os servidores das universidades foram um dos primeiros a entrar em negociação específica para reestruturar a carreira e o governo não apresentou nenhuma proposta. A negociação continua em mesa específica e na CNSC e no Ministério da Educação (MEC). Ainda segundo o sindicato, são mais de 200 mil trabalhadores que tem um dos piores salários do serviço público e o plano de carreira conquistado em 2005 precisa ser reestruturado.
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Negociação
A demanda por reajustes salariais neste ano pelo serviço público federal foi tema de uma reunião entre categorias do funcionalismo e representantes do MGI, no dia 28 de fevereiro, na sede do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Brasília.
O encontro acabou sem acordo, conforme publicou o Correio à ocasião. A justificativa do governo é falta de recursos. Por isso, além de negar o reajuste para este ano, o Executivo federal cogitou concedê-lo caso houvesse uma arrecadação extra do governo ainda em 2024.
Quanto à greve dos servidores da UnB, o MGI afirmou ao Correio não comentar "processos de negociação dentro das mesas setoriais e específicas. As tratativas, quando finalizadas, são divulgadas por nossos canais oficiais". Correio também contatou as assessorias de comunicação do Sintfub, e da Universidade de Brasília. Até o momento, não houve respostas.
Movimento nacional
A greve de servidores da área técnica da UnB faz parte de um movimento nacional de categorias administrativas de 28 universidades e institutos federais em todo o país. Assim como as pautas dos servidores da Universidade de Brasília, bandeiras como reajuste salarial e o plano de reestruturação de carreira fazem parte das demandas sindicais.
Veja a lista de instituições federais que registram paralisação de servidores técnicos:
- Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
- Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFETMG)
- Universidade Federal de Viçosa (UFVJM)
- Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG)
- Instituto Federal de Goiás (IFG)
- Instituto Federal Goiano (IFGOIANO)
- Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
- Universidade Federal da Bahia (UFBA)
- Universidade Federal do Cariri (UFCA)
- Universidade Federal do Ceará (UFCAT)
- Universidade Federal de Goiás (UFG)
- Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
- Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
- Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
- Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
- Universidade Federal do Piauí (UFPI)
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
- Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
- Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
- Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
- Universidade de Brasília (UnB)
- Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)
- Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)