O Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (DCE/UnB) divulgou, nesta semana, uma denúncia sobre o atraso do auxílio-saúde mental oferecido pela universidade. No pronunciamento enviado à Reitoria, ao Decanato de Assuntos Comunitários e à Diretoria de Desenvolvimento Social da UnB, os estudantes exigem resposta para três perguntas: qual a razão do não pagamento; qual a data prevista para o recebimento das bolsas pelos estudantes; e qual a possibilidade de utilização de outro recurso para pagamento dos auxílios e posterior compensação dessa rubrica.
A assessoria de comunicação da UnB alegou que possíveis atrasos já haviam sido comunicados no próprio edital do auxílio, disponível para todos os alunos. A universidade diz que não possui previsão para o envio da verba, porém informa que providências já foram tomadas. "O limite para a prestação de contas acaba em 15 de julho de 2024. Diante desta situação, em 31 de janeiro de 2024, a Reitora da UnB enviou ofício à Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República solicitando a liberação do dinheiro. As ações da Administração Superior da UnB foram informadas ao DCE”, comunicou a universidade, em nota.
"A universidade reafirma o seu compromisso com a assistência estudantil, como demonstram todas as ações e programas criados nos últimos sete anos, e entende como prioritário o cuidado com a saúde mental para o bem-estar da nossa comunidade", acrescenta o comunicado.
A equipe do Correio tentou entrar em contato com o governo federal, mas não obteve retorno até a publicação dessa matéria.
O benefício
O auxílio-saúde mental temporário tem como finalidade oferecer suporte para tratamento psicológico, psiquiátrico, neurológico e/ou compra de medicamentos aos estudantes de cursos presenciais de graduação da Universidade de Brasília. O benefício é oferecido para 450 estudantes de graduação, no valor de R$ 2 mil, em parcela única. A bolsa é destinada, prioritariamente, para alunos cotistas e de escola pública. Para os demais estudantes, a admissão no programa ocorre de acordo com a pontuação da avaliação socioeconômica.
*Estagiária sob a supervisão de Priscila Crispi