Começou nesta quinta-feira (28/09) a 25ª edição do Fórum Nacional de Ensino Superior Particular (Fnesp), tendo como tema o resgate do valor da educação. O evento é o maior do gênero na América Latina e, neste ano, ocorre de forma totalmente presencial, em São Paulo, entre 28 e 29 de setembro.
O fórum vai debater uma pesquisa sobre a busca pelo modelo ideal de Instituições de Ensino Superior (IES) sob a perspectiva dos estudantes. O estudo se inspirou no relatório "Ideas for Designing an Affordable New Education Institution", publicado pelo MIT.
O ministro da educação, Camilo Santana, esteve presente na abertura em uma mesa de debates que contou também com Luiz Roberto Liza Curi, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), e Lúcia Teixeira, presidente do Semesp, entidade que representa diversas mantenedoras de IES brasileiras e que realiza o evento.
O debate foi marcado por falas que sugeriam a busca por soluções para uma transição mais fluida e eficiente entre a educação básica e o ensino superior. "Toda política é decisão. Um país, para alcançar a soberania, não tem outro caminho a não ser a educação. O tema de inovar, de ressignificar, aponta para uma escola mais atrativa para os nossos jovens, uma escola que possa estar conectada com o mercado de trabalho", falou o ministro.
Santana destacou a importância do ensino superior abordar as mudanças que o mundo tem enfrentado, como nas áreas de tecnologia da informação, energia e questões climáticas. "O Brasil tem uma vocação, por exemplo, muito forte para o agronegócio, e a tecnologia é fundamental hoje para qualquer processo produtivo", afirmou o ministro, se referindo à necessidade de formação de mão de obra para o setor de tecnologia no campo.
Durante os dois dias do evento, são esperados mais de mil educadores e gestores de instituições de ensino superior, tanto do setor privado quanto público. Ao longo da programação, especialistas nacionais e internacionais compartilham suas visões e perspectivas sobre temas como as barreiras enfrentadas pelos jovens para acessar a educação superior, quedas nas matrículas, o ceticismo da sociedade para com os modelos tradicionais de educação e as necessidades de um mercado de trabalho em constante transformação.
*Estagiária sob supervisão de Priscila Crispi. Rafaela Techmeier viajou à convite do Semesp.